terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Classificação indicativa inibe beijo gay, diz Walcyr Carrasco

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Autor de "Xica da Silva" (Manchete), "Alma Gêmea" e "Caras e Bocas" (Globo), entre outras novelas, Walcyr Carrasco fez sérias críticas ao sistema de classificação indicativa do Ministério da Justiça.
No Twitter, Carrasco classificou a classificação indicativa de "censura" e a comparou à escravidão."As leis existem para serem mudadas. A escravidão já foi lei", afirmou.
O escritor se declarou totalmente contrário ao fato de o governo ter o poder de determinar o horário em que programas de TV vão ao ar. Polêmico, afirmou que a classificação indicativa "não admite algumas coisas, inclusive o beijo gay em novelas, que seria um "assunto federal".
Carrasco foi eleito recentemente vice-presidente da AR (Associação dos Roteiristas), entidade que é contra a classificação indicativa. Como autor de novelas das seis e das sete, ele já teve problemas com cenas não aprovadas pela autocensura da Globo.
As regras de classificação indicativa estão atualmente sendo revistas pelo Ministério da Justiça, mas a AR optou por não participar dos debates, por uma questão de princípio (não concorda com a interferência do Estado no conteúdo televisivo) e porque considera o assunto de competência das emissoras.

 http://noticias.r7.com/blogs/daniel-castro/files/2010/12/Imagem9-300x147.png
As declarações de Walcyr Carrasco no Twitter foram contestadas pelo roteirista Fernando Marés de Souza. Em seu blog, Souza, que há pouco se desligou da AR, escreveu que Carrasco está "falando besteira sobre classificação indicativa".
"Walcyr desinforma seu público sobre a classificação indicativa, publicando em seu Twitter que "a grande questão é a classificação indicativa que não admite algumas coisas. Inclusive o beijo gay", afirmou Souza no blog.
"Isso não é verdade. Primeiro, que a classificação indicativa 'admite' qualquer coisa, apenas classifica a faixa etária indicada, e na atual portaria, vincula essa faixa a um horário. Segundo, que 'beijo gay' não é nem nunca foi critério de classificação. As atuais regras da classificação indicativa não fazem distinção entre beijo gay e beijo hetero", escreveu o roteirista.
Ao R7, Carrasco disse que Souza não entendeu o que ele escreveu no Twitter.
"O que eu disse, e que ele  não conseguiu entender, foi que a existência de uma classificação indicativa restringe a criatividade do autor, que não sente-se à vontade para debater temas polêmicos, como o beijo gay", afirmou o autor da Globo.
Acho o Walcyr um grande autor, mas fazer defesa de um lixo de cena como essa não acrescenta em nada ao telespectador brasileiro. Não é comum ver homossexuais se beijando na rua, como ele disse.
Acho que as pessoas tem o direito de fazer o que quiser, mas acho também que nós não temos que assistir numa novela de qualidade um tipo de cena como essa. Um beijo bem dado de um mocinho em uma mocinha numa novela é algo que deixa qualquer novela romântica gostosa de se ver.
Agora ver uma cena de beijo gay causa até repugnância, por mais bem feita que seja. Não adianta quererem empurrar isso nas nossas goelas para que mudemos de opinião e passemos a ver isso como algo normal, pois nunca será algo normal. Seria legal se respeitassem o nosso direito de não querer assistir tais cenas.

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