segunda-feira, 10 de novembro de 2014

"CQC" precisa se submeter a um processo de reinvenção

Muito mais importante que a simples troca de integrantes, a ressurreição do "CQC" terá que necessariamente passar pela quase total reformulação do programa.
É preciso que tanto a Bandeirantes quanto a Cuatro Cabezas, sua produtora responsável, tenham isto como a principal das prioridades.
De nada vai adiantar ficar apenas na substituição de alguns valores, por mais fundamental que isto possa parecer, se tudo aquilo que havia de bom no princípio, e se desfez ao longo dos últimos anos, não for resgatado.
O "CQC" perdeu muito da ousadia e dos detalhes que foram determinantes naquele início, como a boa edição e finalização das suas matérias. Também houve uma queda determinante na roteirização, mais um entre vários fatores que acabaram por ter uma dimensão bem significativa no produto final.
Será quase um processo de reinvenção, para que os mesmos bons resultados do começo voltem a ser alcançados.

Não mexe com isso

Outro grande problema para programas na linha do "CQC" e "Pânico" é a censura que existe dentro das emissoras, o não pode isso e não pode aquilo.
Ninguém admite publicamente a existência dela, mas todas as produções, principalmente aquelas com as características desses dois, sofrem uma marcação bem de perto. Corpo a corpo.
Alguns ainda devem lembrar de um momento, ao longo desses anos, em que o "CQC", por determinação da Bandeirantes, deixou de ser exibido ao vivo.
Entrava gravado, depois de passar pelo crivo interno. O "Pânico", antes da última Copa do Mundo, também foi internamente aconselhado a esquecer a existência do treinador Felipão.
Terminada a Copa, depois dos 7 a 1 e da humilhante desclassificação, já com o treinador desempregado e sem vínculo com a CBF, o problema deixou de existir.
Até uma caça a casa dele foi autorizada, sem impedimento nenhum.
Silvio Santos, por muito pouco, não virou inimigo de infância do Ratinho, quando ele levou Lula e Fernando Haddad ao programa, algo que o TRE entendeu como propaganda eleitoral antecipada.
Não pelo valor que SBT foi obrigado a pagar, insignificante para uma emissora deste porte, mas pelo inevitável desdobramento político.

 
Share:

0 comentários:

Postar um comentário

Blog Archive

Blogger templates