Dirigentes do Corinthians e da Turner, conglomerado americano dono do Esporte Interativo, estão negociando os direitos de transmissão para TV fechada do Campeonato Brasileiro para o período 2021/24. A oferta, por enquanto, é a mesma que está sendo feita para o período 2019/24: R$ 40 milhões de luvas e R$ 560 milhões para um total de 20 clubes. Se fechar com 10 clubes, por exemplo, o total é de R$ 280 milhões. Por enquanto, Bahia e Atlético-PR anunciaram acordo com o Esporte Interativo.
O Corinthians assinou com a Rede Globo até 2020. Foi um acordo que os diretores estão considerando precipitado e “desmentido'' pelo mercado. Tudo começou em dezembro do ano passado. O Corinthians e outros times pediram à Globo o adiantamento das verbas dos campeonatos de 2017 e 2018. A Globo aceitou. Repassou o dinheiro, mas com um deságio de 25% e o total será pago com juros e correção monetária.
Em seguida, a Globo ofereceu ao Corinthians a prorrogação do contrato de 2018 até 2020. E, para concluir o negócio, ofereceu um empréstimo de R$ 40 milhões, também a ser devolvido com juros e correção monetária.
O que parecia um bom acordo foi se mostrando defasado com o desenrolar dos acontecimentos. O total pelos direitos de TV fechada eram de R$ 100 milhões (dividido por 20 clubes). O São Paulo negociou duro e conseguiu muito mais que isso, o equivalente a R$ 560 milhões. E mais R$ 60 milhões de luvas.
Conseguiu ainda uma divisão mais meritória: 40% dividido igualmente, 30% por desempenho e 30% por audiência. A proposta do Esporte Interativo é de divisão de 50%, 25% e 25%.
Outros clubes estão querendo receber o mesmo ou até mais que o São Paulo. E o Corinthians, que já assinou, vai ficando para trás.
A reação, porém, não tarda. A concorrência do Esporte Interativo é dura e constante. E a negociação com o Corinthians por um novo ciclo já começou. A guerra será sem quartel.