O valor foi obtido pela Folha a partir dos arquivos da CPI do Banestado e de decisão tomada em 2005 pelo juiz federal do Paraná Sergio Moro, que acolheu denúncia contra operadores da casa de câmbio Diskline. A agência, que tinha sede em São Paulo e filial carioca mas hoje está desativada, é investigada por suposto envio, fora do canal do Banco Central, de US$ 1,8 milhão para uma conta da Universal nos EUA, como a Folha revelou em setembro.
A devassa pedida pelos promotores atinge toda a movimentação das seis "offshores" (sediadas em paraísos fiscais), mas nem todo o dinheiro está relacionado à Universal. Há indícios de que se tratavam de "contas-ônibus", que abrigam recursos de diferentes empresas e pessoas brasileiras.
O pedido dos promotores foi encaminhado há duas semanas ao Departamento de Justiça americano pelo DRCI (Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional), órgão do Ministério da Justiça. O departamento americano repassou o pedido para a Promotoria de Nova York, que analisa o caso.
O objetivo da cooperação é obter documentos que possam ser usados na ação penal que tramita desde agosto em São Paulo contra Edir Macedo e nove pessoas da igreja por supostas lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
Além disso, os promotores fizeram um relatório aos seus colegas americanos Adam Kaufmman e Jon Lenzner pelo qual avisam que "fatos narrados" no Brasil "revelam crimes e irregularidades ocorridos nos Estados Unidos".
Os promotores pediram bloqueio e apreensão de documentos relativos a 15 contas das "offshores" Milano Finance, Florida Financial Group, Pelican Holdings, Ourinvest, Dartley Holdings e a subconta chamada "Titia", na empresa Beacon Hill, fechada em 2003 pela Promotoria de Nova York por transmissão ilegal de fundos. Elas movimentaram -soma de entradas e saídas de dinheiro-, entre meados da década de 90 e 2003, respectivamente US$ 759 milhões, US$ 56 milhões, US$ 36 milhões, US$ 4,1 milhões, US$ 2,2 milhões e US$ 5 milhões.
De acordo com a investigação, essas contas se relacionavam a empresas ligadas à igreja, como a Cableinvest e a Investholding, sediadas em paraísos fiscais. A igreja trazia o dinheiro de volta ao Brasil por meio de empréstimos de fachada concedidos por essas duas empresas a membros da igreja.
Para promotores, o dinheiro foi usado para comprar veículos como a TV Record, negócio avaliado em US$ 22 milhões.
Outro lado
O advogado da Igreja Universal do Reino de Deus, Antônio Sérgio de Moraes Pitombo, afirma que seu cliente nunca fez remessas ilegais de dinheiro para o exterior.Segundo o criminalista, o Ministério Público do Estado de São Paulo está usando fatos antigos, já investigados pela Polícia Federal e arquivados por falta de provas.
Entre outros, de acordo com o advogado, foram investigados o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) e o ex-deputado João Batista, ambos ligados à Universal, e não foi comprovado crime algum.
O processo contra João Batista, preso em 2005 em Brasília, quando embarcava em um jato particular com R$ 10 milhões distribuídos em sete malas, continua em São Paulo sem decisão final.
Pitombo diz que não faz o menor sentido a premissa da investigação do Ministério Público -a de que a Igreja Universal desviou-se de sua finalidade ao permitir que o dinheiro arrecadado junto aos fiéis fosse usado para a compra de emissoras de TV e de rádio e jornais.
"Não tem desvio de finalidade na igreja. É só visitar hospital e presídio. Eles têm um trabalho assistencial muito grande", afirma.
A Folha procura desde a última quinta-feira a assessoria da Igreja Universal do Reino de Deus, mas ela não se manifestou sobre a nova investigação, de caráter cível.
O advogado do bispo Edir Macedo, Arthur Lavigne, foi procurado em seu escritório no Rio de Janeiro, mas não ligou de volta para o jornal. O jornal não conseguiu localizar ontem os advogados dos réus da Diskline, acusados de atuarem como doleiros.
A partir de agora, a Rede Record também deverá fazer mais uma reportagem criticando o jornal Folha de S. Paulo. Nenhum veículo pode falar nada contra a igreja Universal nem contra a Record que eles tentam a todo custo desqualificar os veículos com acusações velhas. É a chamada censura a quem fala mal dela. Só pode falar bem , exaltando a audiência de alguns dos seus programas quando vão bem no Ibope.
O portal R7 não demorou muito e já colocou em seu site uma matéria dizendo que a TV Globo, o jornal Folha de s. Paulo e o portal UOL se uniram para fazer uma campanha difamatória contra a TV Record e a igreja Universal.
O portal colocou até dois vídeos, um atacando as Organização Globo e o outro falando da queda de leitores da Folha de S. Paulo.
Essa matéria do R7 vocês podem ler aqui nesse link.
Fonte: Brasil - Folha de S. Paulo (Rubens Valente/Mário César Carvalho)
Lucrando e ivestindo no REC-9 nas custas dos troxas ou clientes da igreja que pouca vergonha
ResponderExcluirainda tem coragem de dizer que nao mente e nem rouba tudo mentira como diz o ditado Deus é o caminho e Edir Macedo é o pedagio ...que vergonha