Após erro médico, Justiça determina que jornalista da TV Record pare de pagar por cirurgia plástica

A Justiça do Rio de Janeiro concedeu nesta quarta-feira (8) uma liminar favorável à jornalista e apresentadora da TV Record Isabela Veiga e Silva para sustar o restante do pagamento de uma cirurgia plástica mal sucedida, realizada na Clínica da Lagoa.
Em junho, a apresentadora passou por um procedimento médico conhecido como lifting facial, com o objetivo de elevar os tecidos da face. Entretanto, o resultado ficou abaixo das expectativas e ela ficou com o rosto deformado.
A cirurgia custaria R$ 4.500 e seria paga com metade do valor à vista, mais três cheques pré-datados no valor de R$750, além de R$ 900 pelos serviços hospitalares, totalizando R$ 5.400.
Como os resultados iniciais não foram alcançados, a apresentadora entrou como uma ação de inexistência de débito e reparação por danos materiais, morais e estéticos com pedido de liminar em face do médico e da clínica onde foi realizada a cirurgia.
Para o juiz Magno Alves de Assunção, da 28ª Vara Cível do Rio de Janeiro, ocorreu erro médico, o que provocou lesões à jornalista.
- Os prejuízos são de ordem material e moral, além da ameaça de perda do emprego.
Na decisão, o magistrado determinou também a apresentação dos boletins de cirurgia e de anestesia, “de forma integral, sem faltar um só dado”, sob pena de multa de R$ 15 mil, incidindo sobre ambos os réus – ou seja, a clínica e o médico.
O juiz mandou ainda que, junto com a contestação, o médico comprove que é especialista em cirurgia plástica e estética.

Entenda o caso

Com o objetivo de esconder um sulco na face conhecido como bigode-chinês, a apresentadora procurou o cirurgião que indicou o lifting facial. Ele garantiu que o resultado seria indolor e rápido.
A jornalista acreditava que a marca poderia ficar evidente na tela da televisão em função da nova tecnologia HD (high definition).
Após a operação, Isabela continuou a sentir dores e um inchaço que não cedia, embora a paciente estivesse tomando remédios para combater a dor.
Após dois meses, surgiram duas bolsas de gordura acima do rosto da apresentadora, que permanece irregular. A deformação criou dificuldades em fechar a boca por causa da redução do movimento dos maxilares.
A jornalista alega que a situação prejudica seu trabalho porque, cada vez menos, recebe pautas relevantes, como as que costumava cobrir.