Dias depois, a sondagem virou convite. O diretor Luiz Fernando Carvalho telefonou para convidá-la a integrar o elenco de “Velho Chico”, próxima novela das 21h, de Benedito Ruy Barbosa, que estreia em março.
“Nunca havia pensado em ser atriz. Mas estava querendo ficar perto da minha família e resolvi tentar. Nem fiz teste”, fala. “O Luiz disse que eu seria a personagem e que se eu decidisse vir, a gente ia fazer dar certo.”
Na primeira fase da trama, que ela grava no Nordeste, viverá Leonor, mulher do protagonista, Afrânio, interpretado por Rodrigo Santoro.
Ela falou à coluna:
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Teve receio de não ser capaz de fazer o papel?
Eu avisei: não sou atriz, nunca fiz isso. Tenho vários amigos no meio artístico, sei que não é brincadeira, não é um teatrinho. Mas o Luiz disse que eu era capaz.
Ficou intimidada quando soube que contracenaria com o Rodrigo Santoro?
Quando vi os atores com quem iria atuar, inclusive o Rodrigo, fiquei feliz, porque poderiam me ajudar. O Rodrigo está sempre me ajudando. Tô acostumada a conhecer gente nova na minha profissão. A gente quer se igualar a essas pessoas e fazer um trabalho tão bom quanto o delas.
Como é sua personagem?
Ela é muito instintiva em tudo, ela ama por instinto, tem carinho e respeito pelas pessoas, tem angústias… ela é ativa. É uma menina que tem essa coisa muito instintiva. Ela tem um amor que não cabe no peito pelo Afrânio [Santoro], pela filha. É uma personagem lírica.
Teme críticas por ser modelo?
Entendo que hoje em dia está tão formalizado que o ator precisa de curso, de faculdade, cursos… só que o ator, assim como qualquer outro que trabalhe na área artística, é um artista. A gente aperfeiçoa, cria técnicas, mas ninguém se forma artista, né? Sensibilidade artística tem gente que tem e tem gente que não tem.
Acha importante uma novela se passar no Nordeste?
Muito! E a novela retratará o Nordeste de maneira não caricata. Acho legal pensar na minha avó vendo e dizendo: “a gente falava assim”.
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