quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Velhos especiais de Natal podem estar em extinção

Tiago Leifert e Xuxa no programa especial de Natal (Foto: TV Globo)
O jornal americano “New York Times” fez um interessante balanço da programação tradicional de fim de ano que pode, um dia, valer para a TV brasileira também. O arauto do jornalão americano sugere que especiais de Natal tradicionais “são uma espécie em extinção”. Isso se deve à repetição de um formato explorado desde a fundação da própria televisão. Cita como exemplos as apresentações musicais de Celine Dion, Michael Bublé e outras estrelas interpretando clássicos em cenários ornados por neve falsa e lareiras elétricas, com direito a plateia vestida em trajes de gala.
Aqui, quem zapeou nos últimos dias dificilmente não esbarrou num auditório com decoração para a ocasião. De Raul Gil a Xuxa (foto acima junto com Tiago Leifert), passando por... todos. Eventualmente com direito a ridículos bonés vermelhos e pompom na ponta. Como todo mundo sabe, as gravações desses programas acontecem às vezes muito antes do Natal, e a encenação fica bem visível. O resultado é invariavelmente artificial e só não incomoda tanto porque, de tanta repetição, ninguém imagina ver outra coisa. Sem dizer que quem reclama não perde por esperar: vem aí o carnaval e todos os palcos se encherão de falsos bailes, serpentinas etc.
O fim de ano da televisão americana teve como contrapontos aquelas atrações que misturam música a superação pessoal de anônimos aspirantes a um palco na televisão: “The X Factor”, “The Sing-off”, entre outros. “The Voice”, êxito aqui na Rede Globo, foi só um dos programas que dominaram os rankings de audiência nos últimos dias lá. Pensando bem, há no gênero, mesmo sem a cenografia natalina, o espírito da estação: solidariedade, torcida, uma compensação pelo bom comportamento e pelo esforço etc.


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