A terceira edição do reality show "A Fazenda" deve entrar no ar somente daqui a um mês. Bem antes da estreia, porém, a Rede Record já pode conseguir, na melhor das hipóteses, engordar os seus cofres com um montante superior a R$ 207 milhões com a comercialização das cotas de patrocínio.
A emissora confirmou que já deu início à venda das cotas de patrocínio aos anunciantes, pelo valor de tabela de mais de R$ 41 milhões cada uma. Ao todo, a Record oferece cinco cotas de patrocínio Net e uma cota local, que permite inúmeras inserções nas chamadas e nos episódios do reality, que deve ficar no ar por um período de três meses.
O valor é o maior já oferecido para o programa. Na primeira edição do reality, cada cota de patrocínio tinha o preço de tabela de R$ 26.470 milhões. Já na segunda edição, o valor subiu para R$ 39.200 milhões por cota.
Apesar das altas cifras, o valor bruto das cotas de patrocínio não se traduz, certamente, em receitas para a emissora. Isso porque é comum, nas negociações com os anunciantes, que os veículos concedam descontos sobre o valor de tabela, o que reduz o montante arrecadado com a comercialização dos espaços publicitários.
Mas, mesmo comercializando as cotas por um valor mais baixo do que o previsto na tabela, a Record deve conseguir cifras bastante superiores do que se a negociação fosse feita sobre o valor cheio. Uma boa parte dos lucros da emissora deverá ser proveniente das ações de merchandising e exposição de outras marcas dentro do reality – que, na primeira e segunda edições de "A Fazenda", inundaram a telinha, patrocinando provas, festas e atividades com os participantes.
De acordo com as apurações feitas pela reportagem de M&M Online, o faturamento obtido somente com as ações de merchandising conseguiu ser 120% maior na segunda edição de A Fazenda (exibida entre os meses de novembro de 2009 e fevereiro de 2010) do que na primeira (exibida em meados de 2009).
O crescimento pôde ser observado claramente por meio da grande quantidade de provas e atividades que desfilavam marcas e produtos de diversos anunciantes. Por conta de uma grande procura comercial, a Record chegou até a adiar a final do reality em uma semana, para comportar mais ações de merchandising.
Considerando todas as fontes de arrecadação (cotas de patrocínio e merchans) o faturamento total da segunda edição de "A Fazenda" foi 29% superior ao da primeira edição. Desta vez a emissora aposta na consolidação do reality para ampliar essas cifras e colocar ainda mais marcas e produtos no ambiente rural.
Assim como fez nas duas últimas edições, a Record ainda mantém segredo a respeito dos participantes que serão confinados na "Fazenda 3" e também não revela a data exata do início do programa. A pretensão da emissora, entretanto, é colocá-lo no ar na segunda quinzena do mês de setembro.
Fonte: Mídia - Meio & Mensagem (Bárbara Sacchitiello às 17h20min - 17/08/2010)
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