quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Após oito anos na Rede Record, autor de novelas de sucesso volta à TV Globo

Após uma passagem de oito anos pela Rede Record, Lauro César Muniz (foto), um dos maiores autores de novelas da TV brasileira, está de volta à Rede Globo. Ele assinou contrato nesta semana. O profissional de 77 anos ainda não definiu qual será sua primeira novela no retorno à emissora que deixou em 2005, depois de 33 anos de vínculo, cansado de ficar na "geladeira". "Até o final de semana terei notícias mais claras, mas já estou contratado. Devo iniciar por uma supervisão de autor novo", adianta Muniz.
O Notícias da TV apurou que o autor irá supervisionar "Trem Bom", novela das seis a ser escrita por Maurício Gyboski, ex-colaborador de Aguinaldo Silva, aliás, seria o supervisor da produção, mas foi afastado do projeto. "Trem Bom", a princípio, seria a próxima novela das seis, no ar no início de 2016, mas foi "atropelada" na fila de espera da Globo por "Candinho", de Walcyr Carrasco.
Lauro César Muniz deixou a Record no final de 2013, porque a emissora estava em política de redução de salários e não tinha interesse em um projeto pessoal dele, uma minissérie sobre o maestro Carlos Gomes. Na Record, ele escreveu as bem-sucedidas "Cidadão Brasileiro" (2006) e "Poder Paralelo" (2009), além da fracassada "Máscaras" (2012). Graças a Muniz, a Record conseguiu dez anos atrás contratar atores do nível de Marcelo Serrado e Gabriel Braga Nunes.
A saída da Record foi classificada pelo próprio Muniz como "suave". Algo bem diferente da ruptura com a Globo, em 2005. Na época, o autor não escondeu seu descontentamento com Mário Lúcio Vaz, então chefe da teledramaturgia da emissora. Depois de escrever a minissérie "Aquarela do Brasil", em 2000, Muniz ficou na geladeira durante quatro anos. No período, apresentou cinco projetos, todos rejeitados. O último, uma minissérie que se chamaria "Imperatriz do Café", foi a gota d'água para o rompimento.
Ao saber da negociação de Muniz com a Record, a Globo "descongelou" o projeto, mas tentou transformá-lo em novela das seis. Muniz não aceitou a proposta. "['Imperatriz do Café'] estava no limbo como minhas outras propostas. Houve um nítido processo de congelamento do meu nome. Maquinações me afastaram do trabalho", disse o autor à Folha de S.Paulo, em fevereiro de 2005.
Muniz fez parte do time que renovou a telenovela brasileira a partir dos anos 1970. Escreveu grandes sucessos, como "O Casarão" (1976), "Os Gigantes" (1979), "Roda de Fogo" (1986), "O Salvador da Pátria" (1979) e "Chiquinha Gonzaga" (1999). Seu retorno à Globo foi "costurado" por Silvio de Abreu, diretor de Dramaturgia diária 




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