Rede Globo ainda não tem sucessor de Galvão Bueno

A declaração do locutor Galvão Bueno, 59, ontem, de que a Copa do Brasil de 2014 será sua última cobertura reitera necessidade urgente que a Rede Globo tem, antecipada por esta coluna em março do ano passado: quem vai substituir Galvão Bueno?
A resposta é: ninguém sabe, nem a Globo. Desde 2008 a Globo se mobiliza para encontrar alguém à altura da popularidade de Galvão. Segundo a coluna apurou, a TV deseja um nome inédito, alguém que "surja" do nada para o estrelato, um nome desconhecido.
A Globo chegou a fazer uma "oficina" de locutores durante algumas semanas em 2009. Oficina é uma espécie de programa de trainee, que é usado para captar novos e jovens talentos no mercado, nas mais diversas áreas.
Os nomes da oficina de locutores foram pinçados pela própria emissora, que acabou encerrando a oficina desapontada: nenhum nome fez sequer a sombra de Galvão.
Por mais que seja criticado na mídia, Galvão Bueno é reconhecido em pesquisas qualitativas e quantitativas como dono de um carisma impressionante -- especialmente junto a telespectadoras.
Em 2014 Galvão terá ainda apenas 63 anos e poderá dar vazão à sua vocação de empresário. Por outro lado, a emissora tem Cléber Machado.
Galvão Bueno é insubstituível. A Globo pode até conseguir alguém para ser importante em muitas decisões e jogos da seleção após 2014, mas o Galvão faz parte da história das transmissões esportivas como o maior locutor de futebol de tv.
Acho inclusive que muitos internautas pega muito pesado com as críticas e implicância com ele. Outros narradores cometem falhas, mas não vejo ninguém falar tanto como fala quando Galvão comete essas falhas.
É aquela história: só vão criticar aquele que está no alto. Pela história do locutor esportivo da Globo, deveriam respeitar um pouco mais ele.
Depois da Copa de 2014 no Brasil, os críticos não terão mais a quem despejar suas iras e raivas. Ou será que vão eleger outro?

Fonte: Ooops! - Uol Notícias (Ricardo Feltrin às 13h09min)