De acordo com Marcelo Jackow, produtor que trabalhou no conceito e na realização da exposição, profissionais da Globo alegaram que não havia nenhuma fita da atração que o apresentador teve lá. Ao Notícias da TV, a emissora confirmou que não possui nenhum registro do "Programa Silvio Santos". Diz que o material pode ter se perdido ou ter sido queimado. As imagens que exibe no projeto Globo Memória foram coletadas com terceiros.
Na época, a relação do apresentador com a Globo era diferente do que é feito hoje com a maior parte dos profissionais. Silvio Santos trabalhava como produtor independente: ele comprava horário na Globo e nas demais TVs. No ar desde 1963, o "Programa Silvio Santos" já foi exibido em seis emissoras: TV Paulista, Globo, Tupi, Record, TVS e SBT. No total, teve mais de 120 quadros.
A Globo também passou por quatro incêndios que destruíram parte de seu acervo e permearam a trajetória de Silvio Santos na emissora: em 1969, 1970, 1971 e 1976, pouco mais de um mês após a saída dele.
Pesquisadores do MIS conseguiram encontrar diversos vídeos da atração com a ajuda de pesquisadores, colecionadores e acervos de outros veículos, como TV Record, TV Cultura, FMIS/RJ e acervo da Rádio Nacional/CEDOP Sistema Globo de Rádio. Há ainda relíquias do próprio Silvio Santos.
Em uma das áreas da exposição, aberta na última quarta (7), há uma parede totalmente ocupada por telas que exibem quadros antigos do " Programa Silvio Santos" em diversas emissoras. Alguns eram exibidos na Globo, como 'Boa Noite, Cinderela'; 'Essas Crianças' e 'Só Compra Quem Tem'.
Esse último é até citado no Memória Globo, site institucional sobre todo o conteúdo produzido pela emissora no passado. "[Programa Silvio Santos] Tinha quase oito horas de duração. Os jogos de perguntas constituíam quadros fixos do programa. Um deles, 'Só Compra Quem Tem', distribuía semanalmente um automóvel zero km", diz o texto, que usa o Almanaque da TV e a revista Veja como fontes.
Em 2015, o "Vídeo Show" (Globo) fez uma homenagem a Silvio Santos com imagens do "Domingo no Parque", mas, segundo o colunista Mauricio Stycer, a emissora errou ao dizer que pertenciam à Globo. As cenas exibidas foram ao ar originalmente na TV Tupi, no fim dos anos 1970, e foram doadas para a emissora em 2000.
A Globo colaborou com um único material para a exposição: vídeos do Carnaval do Rio de Janeiro de 2001, ano em que a escola de samba Tradição homenageou Silvio Santos no enredo.
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