sexta-feira, 3 de julho de 2015

"A gente se dava bem, mas confesso que fiquei muito p…", diz Aguinaldo Silva sobre Walcyr Carrasco

Aguinaldo Silva (foto) foi o convidado do programa "De Cara", da FM O Dia. Em uma conversa franca, o autor falou sobre a audiência das novelas, política e Walcyr Carrasco. Aguinaldo lembrou ter ficado aborrecido quando Walcyr usou a história da rejeição familiar de Griselda (Lília Cabral) em "Morde & Assopra", que foi exibida antes de "Fina Estampa". A sinopse original de "Fina Estampa" foi entregue à TV Globo antes de "Morde & Assopra" e o próprio Aguinaldo havia confidenciado ao então amigo Walcyr sobre o drama de sua personagem.
“A gente se dava bem, mas confesso que fiquei muito p… Só que eu tenho uma fraqueza de caráter: não consigo ficar com raiva de ninguém por mais de cinco minutos. E eu tenho que reconhecer que o Walcyr é muito talentoso. Ele transforma uma novela morna em um sucesso. Das novelas dele, as que eu gosto mais são as que ele fez às 18h. São novelas que têm uma falsa ingenuidade. Walcyr se preocupa em ser reconhecido como autor sério e por isso faz novelas das 21h, mas acho que ele vai ficar conhecido por essas novelas das 18h, que ele sabe fazer tão bem.”
Sobre a audiência das tramas atuais, o autor foi taxativo: “O politicamente correto está matando as novelas. Eu nunca botei beijo gay nas minhas tramas. A maioria dos 60 milhões de telespectadores não quer ver isso. Na minha casa pode ter beijo gay à vontade”, disse o novelista.
"Império", sua trama mais recente, foi um sucesso: “O Comendador (Alexandre Nero) é real. É um personagem antigo, mas ele existe! E o blogueiro Téo Pereira (Paulo Betti) foi inspirado em mim. Ele dizia coisas que eu sempre quis falar”, admitiu Aguinaldo, que sempre escreveu para o horário nobre e explicou na entrevista por que não se vê entrando na casa das pessoas em outra hora. “Minha mão pesa e eu não saberia fazer. A novela das nove acaba tendo mais densidade porque a gente pega o público adulto. O público das sete é mais fluido”, justifica.
Aguinaldo garantiu que não votou em ninguém nas últimas eleições porque o voto não é mais obrigatório na sua idade: o autor tem 72 anos. “Eu sempre votei em candidato da esquerda. E percebi que votei enganado. Quando a esquerda finalmente assumiu, vi que o partido era mais igual ainda do que os outros. Não vejo como a gente vai sair dessa crise, que não é só econômica, mas sim moral”, observou.



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