sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Nova lei de TV por assinatura alavanca canal de filho de Lula

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Às 05h: Ao criar cotas para canais brasileiros, a nova lei de TV por assinatura está ajudando (e muito) a Play TV, canal que tem como sócio Fábio Luis Lula da Silva, o Lulinha, filho do ex-presidente Lula.
A lei tramitou no Congresso durante o governo Lula (2002-2010), mas foi sancionada por Dilma Rousseff em 2011.
Apesar de passar o dia todo exibindo videoclipes de artistas estrangeiros, a Play TV foi qualificada pela Ancine (Agência Nacional de Telecomunicações) como "canal brasileiro de espaço qualificado".
A qualificação dada pela Ancine permitiu ao canal quase quadruplicar sua base de assinantes muito rapidamente.
Em dezembro, a Play TV era acessível para menos de 4 milhões de assinantes das operadoras Oi, Claro, e Vivo. Após entrar como cotista na Net (em dezembro) e na Sky (em janeiro), as duas maiores operadoras do país, sua base saltou para 14 milhões.
Para conseguir o feito, a Play TV teve de se adequar à nova lei. Comprou de produtores independentes uma hora e meia de programação diária, basicamente constituída de filmes e curtas nacionais.
A Play TV pertence à Gamecorp, empresa criada em 2004 e que já se viu no centro de uma grande polêmica. A Gamecorp recebeu na época um aporte de R$ 5 milhões a Oi, telefônica que tem participação acionária do banco estatal BNDES, numa operação que foi investigada sob a suspeita de tráfico de influência.
No ano passado, a Gamecorp voltou ao noticiário, então por causa de um relatório de uma empresa de auditoria que alertava para um cenário de "incerteza" quanto à sua sobrevivência. A empresa teve lucro em 2011, mas acumulava prejuízos anteriores de R$ 8,6 milhões.
A nova lei de TV por assinatura pode ter sido a salvação da Play TV.

Canais "fantasmas"

O fato de a Play TV dedicar boa parte de sua programação a conteúdo estrangeiro não o descredencia ao selo da Ancine de canal brasileiro de espaço qualificado, com direito a cota nas operadoras. Basta o canal ter a quantidade de horas de programação nacional exigida pela agência.
Em sua última lista, a Ancine credenciou até canais que ainda não existem. É o caso, por exemplo, do Arte 1, do grupo Bandeirantes, e o Mundo TV, um canal de documentários por enquanto apenas no papel.
Entre os credenciados, há também um canal de pesca, a Fish TV, e um de culinária, o Chef TV.
A Ancine, no entanto, só credencia canais que apresentam contratos comprovadores de sua capacidade de gerar programação nacional e independente.

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