terça-feira, 21 de setembro de 2010

Capitão Nascimento é vingativo e fora da lei, diz governo


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Interpretado por Wagner Moura, Nascimento é um herói "que, com frequência, abandona as vias institucionais e lança mão da vingança pessoal como forma de solução de conflitos". Ou seja, o ex-capitão Nascimento, agora coronel, é um policial vingativo, às vezes bandido, fora da lei.
Esse foi um dos dois argumentos do Ministério da Justiça para indeferir o pedido de reconsideração da classificação indicativa dada na semana passada ao filme "Tropa de Elite 2", a ser lançado no próximo dia 8 em 600 salas de cinema do país, em um esquema típico de arrasa-quarteirão hollywoodiano.
Em despacho publicado ontem no Diário Oficial da União, o Ministério da Justiça manteve "Tropa de Elite 2" como impróprio para menores de 16 anos, o que deve afastar uma significativa parcela do público-alvo do filme. Os produtores do longa tentam liberá-lo para maiores de 14 anos.
Além do herói torto de Wagner Moura, os técnicos do ministério levaram em consideração para impedir a entrada nos cinemas de garotos de 14 e 15 anos "agravantes de linguagem audiovisual, como enquadramento de imagem e sonorização que valorizam o conteúdo violento" e "agravantes de contexto, como a ambiguidade da condenação à violência".
Na semana passada, o ministério classificou "Tropa de Elite 2" como inadequado para menores de 16 anos por conter cenas de tortura, tráfico e consumo de drogas e de "banalização da violência". Os produtores recorreram, argumentando que o longa aborda "o espinhoso tema da violência" de uma "forma mais complexa", a partir de suas origens, e mostra que "o crime não compensa".
Os técnicos do ministério, no entanto, mantiveram-se irredutíveis.
Ainda cabe novo recurso.


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