segunda-feira, 18 de maio de 2015

Em meio a uma batalha judicial, bens de Marcos Paulo se deterioram

Dois anos e meio se passaram da morte do diretor da TV Globo Marcos Paulo (foto), no dia 11 de novembro de 2012, e até agora a lenta Justiça brasileira ainda não definiu para quem vão os bens deixados por ele. A coluna decidiu então saber como está o estado do patrimônio deixado pelo diretor da TV Globo.
Primeiro, o bem mais valioso: a cobertura de um dos prédios do condomínio Golden Green, um dos mais caros da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Através de fotos aéreas, feitas na última sexta-feira, dá para perceber a falta de cuidado e manutenção do espaço. Ao contrário da piscina vizinha, a do apartamento onde Marcos Paulo morreu está imunda, as plantas, destruídas, e há muita sujeira no chão. Recentemente, um corretor de imóveis conseguiu entrar no local e disse que estava cheio de infiltrações, principalmente no primeiro andar. São ao todo quatro suítes, num amplo espaço avaliado em R$ 11 milhões.
Fomos então até Armação de Búzios, onde Marcos Paulo tinha, em frente à Praia do Canto, uma casa de três suítes. Lá, a deterioração é mais gritante. A fachada da mansão está completamente pichada. A porta da garagem fica escorada, para não cair. Parece uma casa abandonada. E de fato, está. Rodrigo Soares, de 32 anos, que trabalhou como caseiro da mansão, falou com a coluna sobre o abandono do imóvel, avaliado em R$ 2 milhões: “Quando eu entreguei as chaves na mão do advogado João Paulo Lins e Silva (que é inventariante no processo), em abril de 2014, eu estava com o salário atrasado há dez meses. Cheguei a pagar algumas contas de água e luz do meu próprio bolso, até que não aguentei mais. Entrei com um processo trabalhista, mas isso está se arrastando há muito tempo. Marcos Paulo sempre foi muito correto, patrão generoso, assinou minha carteira quando eu tinha 17 anos. Ele era apaixonado por Búzios”.
Ainda no espólio de Marcos Paulo, há um apartamento em Nova York, no badalado bairro de Tribeca, avaliado de US$ 2,9 milhões, o que dá cerca de R$ 8,5 milhões. E estão apodrecendo na garagem do condomínio Golden Green dois Mercedes Benz e um Audi, avaliados, ao todo, em quase um milhão de reais, na época da compra. O valor total dos bens, contando os imóveis, os carros e algumas obras de arte, chega a cerca de R$ 30 milhões.
A coluna procurou João Paulo Lins e Silva, que cuida do inventário, mas ele não retornou nenhuma de nossas ligações. Nem a viúva, Antônia Fontenelle, seus advogados ou os advogados das filhas do diretor quiseram se manifestar sobre a deterioração do patrimônio de Marcos Paulo.



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