terça-feira, 19 de maio de 2015

Investimento em novos autores traz alegrias para a TV Globo

De alguns anos para cá, temos visto um esforço da Rede Globo no sentido de ceder lugar na sua grade mais nobre para novos autores. Esse é um passo bem largo. Ele vai mais além daquele importante avanço que representou a sua oficina — um espaço que formou tanta gente boa. Trata-se de um sinal de confiança nos talentos emergentes, uma prova de que a direção da emissora não se limitou a fazer apostas abstratas. Agora, com esse movimento estabelecido, quem olha para o cenário mais recente das novelas constata que o resultado, muito bom, já está aí. Algumas das ótimas produções recentes são obra dessa geração.
João Emanuel Carneiro (foto) encabeça o time. Desde “Da Cor do Pecado”, vem mostrando criatividade e texto inspiradíssimo. Isso sem falar na marca autoral, uma conquista numa engrenagem industrial. Ele iluminou a nossa televisão com grandes novelas e uma série que deixou saudade, “A Cura”. Não à toa foi o primeiro novato em muito tempo a ingressar no fechadíssimo time dos que escrevem para as 21h. “A Favorita” e “Avenida Brasil” falam por si.
Também na faixa nobre, vêm aí histórias de Vincent Villari (em coautoria com Maria Adelaide Amaral) e de Thelma Guedes e Duca Rachid, a dupla talentosa de “Cordel Encantado”. Filipe Miguez e Izabel de Oliveira trouxeram um ar fresco. Com “Cheias de Charme”, se arriscaram — e se deram bem — num caminho novo em que a TV se aproximou como nunca de outras plataformas.
Finalmente, a autora de “Sete Vidas”, Lícia Manzo, é uma das mais gratas surpresas da teledramaturgia. Ela já tinha se destacado com “A vida da Gente”. Mas com a atual trama das 18h, vem conseguindo a unanimidade do público. É muito.


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