Diretor da Rede Record manda telespectador assistir à TV Globo

Na coletiva de "Vitória", quarta-feira, o número um da teledramaturgia da Rede Record, Anderson Souza (foto), falou que não haverá mudanças no horário de exibição das novelas. Disse que antes se reclamava que às 22h era muito tarde e que então irá insistir com a faixa das 21h, porque está produzindo um produto de qualidade. Não tem por que se preocupar com a concorrência, e completou: "o público que gosta do nosso trabalho e do nosso elenco, vai assistir. Os que não quiserem, vão assistir a concorrência. A gente não pode ficar se preocupando com isso".
Mas tem cabimento? A Record, com o que gasta, deve sim se preocupar em conquistar resultados melhores. É uma obrigação. E a conquista do público deve acontecer se utilizando de todos os mecanismos possíveis. Não existem apenas as 21 ou 22 horas para apresentar novelas. O SBT, com "Carrossel" antes e "Chiquititas" agora, sabiamente faz uso da contra programação – novela contra "Jornal Nacional" (Globo). A Record está optando pelo bater de frente – novela versus novela, e a de maior audiência da primeira colocada. Existe algum sentido nisso?
Mas sinta como as coisas são complicadas. "Vitória" vai estrear exatos dez dias antes da Copa do Mundo. A Record, com um evento desses pela frente, naturalmente terá prejuízos na sua audiência.
Vai ficar de fora e não terá para onde correr.