Até quando a Globo exibirá o “Big Brother Brasil”, mesmo com queda de audiência e críticas?

Acabou mais um “Big Brother Brasil” e, mais uma vez, voltou a velha discussão sobre o desgaste do formato e a constante queda de audiência do reality. Os números não mentem e apontam que o último episódio do "Big Brother Brasil 14" (foto acima do apresentador Pedro Bial) atingiu apenas 23.7 de média, o pior índice deste que o programa estreou no Brasil. Ano passado, a final do “Big Brother Brasil 13” marcou 29 pontos, uma boa recuperação em relação ao "BBB12", fechou com 25.9 de média. Os números desta terça-feira estão bem distantes dos registrados no dia 02 de abril de 2002, quando terminou a primeira edição do "BBB". Naquela noite, a novidade da Globo marcou impressionantes 57.4 de média.
É claro que muita coisa mudou no decorrer dos últimos 12 anos, principalmente em relação à concorrência e ao comportamento do telespectador. Atualmente, ninguém se prende a formatos que não passem muita verdade e não respeita a inteligência de quem está em casa. Além disso, mais uma vez ficou comprovado que os apelos sexuais não possuem tanta força quanto se imagina na TV. O “Big Brother Brasil” reuniu pessoas mais liberais, que não se importaram em tirar a roupa ou a transar durante o confinamento. As relações sexuais rápidas, os peitos e bundas não foram valorizados pelo público, que ainda prefere os conflitos e romances. Mas, lá nos corredores do Projac, muitos acreditam que quanto mais sexo e bebedeira melhor.
Até quanto a Globo exibirá o “Big Brother Brasil”? A pergunta é feita por quem atua na TV e também pelos telespectadores e não é tão simples quanto parece. Mesmo com significativa queda na audiência, o "BBB" ainda fatura muito com patrocínios, merchandising, pay-per-view, votação por telefone e venda de produtos. Enquanto o dinheiro que entrar em três meses de reality representar o que uma emissora pequena fatura no ano, o “Big Brother Brasil” permanecerá no ar.