Diretor de um dos "Big Brother" mais bem-sucedidos do mundo, J.B. Oliveira, o Boninho, vai se reunir neste mês com o holandês John De Mol, criador do formato do reality show de confinamento.
A reunião deverá selar o acordo entre a Rede Globo e a produtora de De Mol, a Talpa, pela realização no Brasil do reality show musical "The Voice", atualmente uma das maiores audiências da TV aberta americana.
A iniciativa de marcar a reunião partiu de De Mol. O produtor e criador de formatos quer discutir com Boninho aspectos da realização do reality no Brasil. Quer saber saber o porquê de cada adaptação feita no formato original.
O cuidado de De Mol se justifica. "The Voice", que ele assina com Mark Burnett (criador de "Survivor"/"No Limite", está sendo apontado pela mídia especializada americana como "a grande virada" da programação da rede NBC.
No final de abril, antes das férias das séries, "The Voice" era o único programa da NBC entre os 20 mais assistidos. Na semana passada, foi o terceiro mais visto.
Além disso, o formato acaba de ser comprado pela rede britânica BBC, o que o valoriza.
"The Voice" é um reality musical em que os jurados, na primeira fase, ficam de costas para os calouros. Depois de uma primeira etapa de seleção, os jurados viram técnicos dos aspirantes a estrelas da música e travam uma disputa entre eles.
A Globo ainda não definiu quando exibirá "The Voice", caso concretize a negociação com John De Mol. Em tese, o programa pode ir ao ar no último trimestre deste ano, mas também pode ficar para meados de 2012.
O reality show terá exibições semanais, que são superproduzidas - nos Estados Unidos, cada episódio custa US$ 2,3 milhões (o equivalente a R$ 3,6 milhões, algo impensável para o Brasil. Lá, o júri tem estrelas do calibre de Christina Aguilera, além do emergente Cee-Lo Green.
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