TV Record: Jornalismo verdade?

Não se pode dar muito crédito a um jornalismo de uma emissora que tenta enganar o telespectador com artifícios batidos.
Já falei aqui e repito: há muito tempo o jornalismo da TV Record tenta enganar o público com reportagens onde sempre aparece um repórter narrando os acontecimentos como se estivesse no local ao telefone. Só que isso é chamar o pobre do telespectador de burro, coisa que não é.
Isso acontece muito com o jornalismo da Record em São Paulo. Agora há pouco, o apresentador do "SP Record" Rodopho Rottino chama uma reportagem de um acidente e fala com o repórter Mário Augusto como se o repórter estivesse por telefone no local, sendo que é uma grande mentira. Se é para fazer isso, porque ele mesmo não narra do estúdio os acontecimentos ou então chama o repórter da central de apurações para este narrar a história com som de estúdio de qualidade ao invés de fazermos pensar que ele está no local ao telefone?
Outro fato lamentável é exibir em um jornal local acontecimentos de outros estados e nem ao menos nessas reportagens citar o nome da cidade ou estado onde a matéria foi feita.
Na falta de matéria do estado onde está sendo feito o jornal, eles completam com reportagens de outros lugares. É o famoso encher linguiça.
Daí muitos entendem o porque da enorme diferença entre a audiência do jornalismo da Record e o da Globo.
Esses artifícios baratos de colocar repórter dentro do estúdio com som de telefone falando como se tivessem no local do acontecimento e reportagem de outros estados vocês não veêm em jornais da Globo. A Globo só costuma colocar reportagem de outro estado quando algum fato foge o âmbito local e passa a ser tratado em outro estado.
Como se vê, o jornalismo de primeira tão falado pela TV Record vai por água abaixo quando fatos banais como esses acontecem em jornais locais da emissora, que na minha opinião, só produz com qualidade os telejornais nacionais "Fala Brasil", "Jornal da Record" e o "Domingo Espetacular".

Ricardo Sandes (criador e editor do blog)