"Além de ter sido a pessoa que mais entrevistas me deu, quando eu estreei o programa [em 1988] ele me ligou e disse que não durava duas semanas. Quando escrevi [o best-seller O] Xangô [de Baker Street] ele falou que, com esse nome, não venderia nada. Então vou entrevistá-lo por causa dessas previsões", justifica Jô em primeira mão ao Notícias da TV.
O apresentador, escritor e dramaturgo ainda não definiu o seu futuro. Certo é que ele continua na Globo, ou em algum canal pago do grupo. Tem contrato por mais um ano.
Recentemente, especulou-se que ele estaria indo para o SBT. Jô diz que nunca houve convite da emissora. O boato, acredita, se deve ao fato de ele ter conversado com Silvio Santos para que fosse seu último entrevistado. Seria uma forma de homenagear o homem que o lançou como apresentador de talk show - e um golaço, já que Silvio não dá entrevistas. O dono do SBT, no entanto, alegou que uma cigana previu que, se der entrevista, ele morrerá no dia seguinte...
A direção da Globo pretendia oferecer a Jô uma coluna no "Jornal da Globo", um espaço em que ele pudesse exercitar seu "olhar interessante e crítico". Mas o apresentador refutou a ideia. "Não vou aceitar. Jamais vou andar para trás. Eu fiz o Jornal da Globo há milênios [nos anos 1980]. Eu não tenho o menor interesse em fazer, não preciso fazer, não quero e não vou [fazer]", disse em setembro.
Jô quer continuar apresentando um talk show. Em seu programa, faz questão de dizer que esta é a "última temporada na Globo", não a última de todas. Em sua equipe, já se dá como certo a continuidade da atração. "Não sei de nada ainda. As coisas estão sendo decididas", afirma Jô.
O "Programa do Jô" será substituído em 2017 por um talk show de Pedro Bial.
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