“Fantástico” recua no formato, aposta em jornalismo e ganha audiência

Dizem os especialistas em administração de grandes carreiras que os profissionais bem sucedidos são os que mais conseguem reconhecer os erros para encontrar o caminho certo do sucesso. Na última semana, depois de tanta badalação com o novo formato e o colorido dos efeitos especiais, a equipe do “Fantástico” (foto acima dos apresentadores Renata Vasconcellos e Tadeu Schimidit) foi obrigada a rever o projeto e voltar alguns passos para tentar caminhar numa direção mais certeira. Os ajustes foram realizados mesmo a contragosto de muito ego daqueles que criaram a nova revista eletrônica da Rede Globo.
Neste domingo, quem assistiu ao “Fantástico” percebeu claramente o quanto o programa recuou e apostou no que sempre funcionou. O semanal começou sem muitas inovações tecnológicas, exibiu reportagens sobre a morte de Jair Rodrigues, mergulhou com tubarões e contou a história de uma mãe de quadrigêmeos. Mais adiante, destacou a morte por espancamento de uma mulher no Guarujá, denunciou um bombeiro do Rio de Janeiro que atua como cambista de ingressos para a Copa do Mundo e justificou o robozinho do novo formato com uma reportagem sobre as mães que não conseguem ir às festas das escolas dos filhos. E foi o “Show da Vida” ao exibir imagens de cientistas sobre o início do universo. A equipe soube fazer o velho “Fantástico” com cara nova. E apesar de toda a tecnologia, o que estavam em jogo eram a emoção humana e o jornalismo.
Os números consolidados mostram que o “Fantástico” recuperou audiência ao recuar um pouco no formato e fechou com 17.3, um bom avanço depois do susto da semana passada.