Os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara começam no dia 14 de outubro e vão até o dia 30 e, se você quiser assistir, terá de ligar sua TV na TV Record. Essa exclusividade é a grande aposta da rede paulistana de televisão para 2011. Maior até do que "A Fazenda". Segundo a reportagem do UOL Esporte apurou, as cotas de patrocínio para o evento mexicano são duas vezes mais caras que do que o reality show rural.
As marcas interessadas em comprar as cotas de patrocínio na quarta edição da "Fazenda" desembolsaram R$ 49 milhões. Já os anunciantes do pacote do Pan pagaram R$ 106 milhões. No caso da NET, a empresa pagou mais de R$ 124 milhões, já que sua cota também contempla a Record News.
O vice-presidente comercial da emissora, Walter Zagari, confirmou em entrevista ao UOL Esporte por e-mail que, até o momento, sete cotas pan-americanas já foram comercializadas e ainda existe uma oitava em negociação.
Na opinião de Daniel Chalfon, vice-presidente de mídia e sócio da agência de publicidade Loducca, o Pan pode ser um divisor de águas para a Record. “É uma aposta ousada, em um conteúdo que não tinha tanta tradição e estava tradicionalmente ligado à TV Globo. Mas, como toda estratégia ousada, se der certo, ela dá muito certo. Mas pode dar errado também”, afirmou.
O executivo lembra, também, que a TV terá apoio dos organizadores dos Jogos Pan-Americanos. "O dono do evento tem interesse na transmissão porque se a audiência cair, ele venderá por menos da próxima vez. Pode ser um divisor de águas para a Record se ela for bem sucedida", completa.
Em 2007, as cotas da Record para o Pan do Rio de Janeiro eram estimadas em R$ 21 milhões, enquanto que a Globo, emissora oficial do evento, ‘cobrava’ R$ 69 milhões. Há quatro anos, porém, nenhuma delas podia cobrar pela exclusividade do evento.
“Não podemos estabelecer uma comparação numérica [entre as cotas dos Pans de 2007 e 2011] porque as realidades são bastante diferentes. De 2007 aos dias atuais muitas coisas mudaram na Record, principalmente em relação à estrutura jornalística para a cobertura do Pan e da Olimpíada. Foram realizados investimentos em tecnologia e em equipamentos, além da contratação de mão-de-obra qualificada e de uma equipe esportiva formada pelos grandes nomes do esporte brasileiro que atuarão 'in loco', em Guadalajara e em Londres, cobrindo os eventos com excelência e qualidade nas transmissões. Essa é uma das razões pela qual as cotas tiveram seus valores reajustados. Além, é claro, da mudança do patamar de audiência, pois a Record se consolidou no segundo lugar isolado no ranking da TV aberta”, argumentou o vice-presidente da Record.
Na opinião de Chalfon, da Loducca, boa parte desse crescimento da Record e a consolidação do segundo lugar se deve ao espelho na grade da Globo. Ele ressalta, porém, que a emissora da Barra Funda só vai mudar de patamar com o investimento em conteúdo proprietário - justamente o que fez com a transmissão do Pan.
“Mídia é hábito. As pessoas tem por hábito a TV Globo. Isso foi construído com conteúdo de qualidade e proprietário [exclusivo] ao longo de décadas. A TV Record está tentando criar um hábito maior de assistir à TV Record, está criando conteúdo próprio. Se vai dar certo ou não, eu não sei. É uma aposta”, explicou.
Para Chalfon, a primeira transmissão exclusiva de um grande evento esportivo não é um problema e não causa apreensão aos anunciantes porque as cotas costumam compensar o risco com opções no pacote, como programas consolidados da emissora.
As marcas interessadas em comprar as cotas de patrocínio na quarta edição da "Fazenda" desembolsaram R$ 49 milhões. Já os anunciantes do pacote do Pan pagaram R$ 106 milhões. No caso da NET, a empresa pagou mais de R$ 124 milhões, já que sua cota também contempla a Record News.
O vice-presidente comercial da emissora, Walter Zagari, confirmou em entrevista ao UOL Esporte por e-mail que, até o momento, sete cotas pan-americanas já foram comercializadas e ainda existe uma oitava em negociação.
Na opinião de Daniel Chalfon, vice-presidente de mídia e sócio da agência de publicidade Loducca, o Pan pode ser um divisor de águas para a Record. “É uma aposta ousada, em um conteúdo que não tinha tanta tradição e estava tradicionalmente ligado à TV Globo. Mas, como toda estratégia ousada, se der certo, ela dá muito certo. Mas pode dar errado também”, afirmou.
O executivo lembra, também, que a TV terá apoio dos organizadores dos Jogos Pan-Americanos. "O dono do evento tem interesse na transmissão porque se a audiência cair, ele venderá por menos da próxima vez. Pode ser um divisor de águas para a Record se ela for bem sucedida", completa.
Em 2007, as cotas da Record para o Pan do Rio de Janeiro eram estimadas em R$ 21 milhões, enquanto que a Globo, emissora oficial do evento, ‘cobrava’ R$ 69 milhões. Há quatro anos, porém, nenhuma delas podia cobrar pela exclusividade do evento.
“Não podemos estabelecer uma comparação numérica [entre as cotas dos Pans de 2007 e 2011] porque as realidades são bastante diferentes. De 2007 aos dias atuais muitas coisas mudaram na Record, principalmente em relação à estrutura jornalística para a cobertura do Pan e da Olimpíada. Foram realizados investimentos em tecnologia e em equipamentos, além da contratação de mão-de-obra qualificada e de uma equipe esportiva formada pelos grandes nomes do esporte brasileiro que atuarão 'in loco', em Guadalajara e em Londres, cobrindo os eventos com excelência e qualidade nas transmissões. Essa é uma das razões pela qual as cotas tiveram seus valores reajustados. Além, é claro, da mudança do patamar de audiência, pois a Record se consolidou no segundo lugar isolado no ranking da TV aberta”, argumentou o vice-presidente da Record.
Na opinião de Chalfon, da Loducca, boa parte desse crescimento da Record e a consolidação do segundo lugar se deve ao espelho na grade da Globo. Ele ressalta, porém, que a emissora da Barra Funda só vai mudar de patamar com o investimento em conteúdo proprietário - justamente o que fez com a transmissão do Pan.
“Mídia é hábito. As pessoas tem por hábito a TV Globo. Isso foi construído com conteúdo de qualidade e proprietário [exclusivo] ao longo de décadas. A TV Record está tentando criar um hábito maior de assistir à TV Record, está criando conteúdo próprio. Se vai dar certo ou não, eu não sei. É uma aposta”, explicou.
Para Chalfon, a primeira transmissão exclusiva de um grande evento esportivo não é um problema e não causa apreensão aos anunciantes porque as cotas costumam compensar o risco com opções no pacote, como programas consolidados da emissora.
O Pan nas concorrentes
Com a exclusividade da transmissão, a Rede Record fala em repassar um resumo de imagens aos concorrentes durante o evento. “Diariamente, vamos ceder às emissoras interessadas um resumo com as melhores imagens do evento, para cobertura jornalística”, informou Sergio Hilinsky, gerente de programação esportiva da Record.
“Será a maior cobertura da história na TV aberta, pelo número de profissionais enviados, horas de transmissão e estrutura técnico-operacional. Serão três satélites exclusivos e a transmissão totalmente em HD na Record”, revela Hilinsky. A Record deve transmitir mais de sete horas de programação ao vivo e ainda explorar ao máximo a Record News.
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