Fonte: Parabólica Jovem Pan - Uol.com.br (José Armando Vannucci às 17h35min)
quinta-feira, 17 de junho de 2010
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“A Liga” bate recorde de audiência, mas deixa passar frase infeliz
Muitos vão dizer que o programa “A Liga” não descobriu a pólvora e que os assuntos ali tratados já foram explorados pela televisão inúmeras vezes, até mesmo de formas mais eficientes. É verdade. Em jornalismo as pautas se repetem de tempo em tempo e não há como fugir disso. Entretanto, é importante reconhecer que esses mesmos assuntos ganham olhares repaginados anos depois. Na última terça-feira, “A Liga” abordou a prostituição (pauta desenvolvida há algumas semanas pelo “Profissão Repórter”), com depoimentos de prostitutas, acompanhantes e garotos de programa e com repórter transformada numa profissional do sexo. A audiência disparou, atingiu picos de 10 pontos e o programa fechou com 8 de média. Os números seriam altos, afinal esse é o tema que atrai as pessoas. Como sempre o programa estava muito bem editado e a abordagem bem amarrada. Prostituição e drogas se encontram, como ficou claro no último bloco do programa. Foi neste momento em que a edição falhou. O problema é que deixaram passar uma declaração que não parece perigosa, mas que pode ser mal compreendida pelo telespectador. O garoto de programa afirmou que era usuário de cocaína porque, além dos efeitos alucinógenos, a droga queima gordura e mantém seu corpo malhado. Imagine o poder desta declaração em quem não mede esforços para perder uns quilinhos. Pensando bem, era melhor tirar esta frase do programa. Garanto que a eliminação não traria prejuízo para o ótimo “A Liga”.
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