A estreia da segunda temporada de "Ó Paí, Ó", ontem à noite na Rede Globo, no entanto, revelou um programa que trocou a piada pela agressão.
As agruras de um grupo de moradores de um cortiço do Pelourinho, em Salvador, se transformaram em um editorial contra as igrejas evangélicas. A graça que existia nas tiradas de humor sobre os conflitos entre evangélicos e adeptos do candomblé deu lugar a uma piada repetida em série. E piada repetida à exaustão perde a graça.
No episódio, o cortiço do Pelourinho treme justamente quando Roque (Lázaro Ramos), o protagonista, ensaia sua nova música, que inscreveu em um festival. Eis que aparece Queixão (o ótimo Matheus Nachtergaele), o vilão do seriado, o bandidão, na pele de um pastor impostor. Apontando um arma, Queixão (agora bispo Moisés) expulsa e rouba o pastor da área e funda no cortiço a Igreja do Tremor Divino. E passa a equipar a igreja a preços superfaturados.
Está dada a deixa para uma série de situações que os evangélicos, provavelmente, não acharam a menor graça. Há um festival de piadas sobre o dízimo. Tem até uma faixa na linha “Deposite aqui o seu dízimo”. Tentam cobrar dízimo até sobre o prêmio que Roque ganhou no festival de axé.
A crítica à mercantilização da fé, que era sutil na primeira temporada, tornou-se escrachada, agresssiva. Você discorda? OK. Então agora imagina uma rede de TV fazendo um programa em que o vilão é um padre pedófilo. Pegaria pesado, não?
Aparentemente, até "Ó Paí, Ó" entrou na guerra entre a Globo e a Record e a Igreja Universal do Reino de Deus.
Eles podriam ter feito a crítica contra os aproveitadoes do fé no Brasil de forma mais inteligente, sem aparentemente atingir todos os pastores evangélicos, ue na sua maioria, são muito sérios e aplicam o dinheiro arrecadado na igreja para ajudar o próximo.
Fonte: blog Daniel Castro - R7.com (Daniel Castro)
vamo ver se pelo menoa assim o povo ver
ResponderExcluirque a UNIVERSAL é ladrona