quarta-feira, 21 de agosto de 2013

A competição no campo das pesquisas só trará benefícios

http://veja.abril.com.br/blog/radar-on-line/files/2012/09/tvporassinatura-300x200.jpg
No começo da década passada, incentivado pelo engenheiro Alfonso Aurim, Silvio Santos autorizou a criação do Datanexus para pesquisar audiência de TV. Foram investidos cerca de R$ 4 milhões no projeto, que não durou muito tempo. Cerca de um ano e meio depois, as suas atividades foram encerradas porque os dados obtidos e fornecidos para o único cliente de então, o SBT, não eram substancialmente diferentes dos do Ibope.
Dez anos se passaram e o panorama é completamente outro. Se antes a insatisfação maior era de apenas uma emissora, hoje praticamente todas as TVs apoiam a chegada da alemã Gfk, não somente para comparar, mas ampliar a base de pesquisas e se chegar a um panorama mais representativo do desempenho de cada uma.
Algo que também irá levar o Ibope a investir de maneira bem decisiva em novas plataformas, além de, como aconteceu na primeira vez, comprovar a seriedade do seu trabalho.
A competitividade é sempre saudável. Uma empresa acabará obrigando a outra a se esmerar nos seus serviços.
Há e sempre deverá existir a cobrança, por parte da mídia e do próprio telespectador, por um conteúdo de melhor qualidade.
A mostra atual do Ibope, hoje, é muito pequena para um país, com a dimensão do nosso, e uma cidade com a grandeza de São Paulo.
A audiência do Ibope, já de algum tempo, é aferida em cerca de 4.500 domicílios em todo o Brasil.
Em São Paulo, com peso decisivo na distribuição das principais verbas publicitárias, são 800 domicílios atualmente para mais de 20 milhões de habitantes.
A base da amostragem, há muitos anos, não acompanha o crescimento da população com TV.


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