As pesquisas ocorrerão em São Paulo. Grupos de telespectadoras serão colocados em salas de reunião. Elas assistirão a trechos da novela e serão instigadas a opinar sobre tramas e personagens. Escondidos atrás de um vidro, executivos e técnicos em pesquisas da emissora avaliarão as respostas.
Com "Babilônia", a Globo também realizou pesquisa com grupos de discussão na quarta semana de exibição, tal qual ocorre agora com "A Regra do Jogo". As pesquisas tiveram efeito devastador sobre a novela de Gilberto Braga e Ricardo Linhares. A personagem de Gloria Pires, por exemplo, deixou de ser uma "predadora sexual". Marcos Pasquim, que faria um gay enrustido, virou hétero porque as telespectadoras não simpatizaram com a ideia original.
Em sua quarta semana de exibição, "A Regra do Jogo" vem registrando audiência levemente inferior à de "Babilônia". Está dez pontos abaixo do que a Globo considera ideal para uma novela das nove (35 pontos). Nas duas últimas semanas, "A Regra do Jogo" perdeu para "Os Dez Mandamentos" em duas ocasiões nos poucos minutos em que as duas se confrontaram.
Nos bastidores da Globo, há um clima de frustração com "A Regra do Jogo". Esperava-se que a novela tivesse mais audiência e fosse mais surpreendente, mas até agora apresentou tramas e núcleos muito parecidos com os de "Avenida Brasil", sucesso de Carneiro em 2011.
Dentro da Globo, avalia-se também que o problema de "A Regra do Jogo" (e da emissora) é momentâneo, tende a passar assim que "Os Dez Mandamentos" acabar. Outra ala combate essa hipótese com um argumento simples: se "A Regra do Jogo" só confronta com a produção da Record nas quartas-feiras e em poucos minutos dos demais dias, o problema não é exatamente a novela da concorrência, mas a própria novela.
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