A investigação do Banco Central sobre a fraude de cerca de R$ 2,5 bilhões do banco Pan Americano, do Grupo Silvio Santos, descobriu neste sábado (13) que vários diretores transferiram bens como imóveis , carros e propriedades rurais para parentes (e parentes de parentes), depois que técnicos do BC passaram a investigar as irregularidades, por volta de setembro último.
Se confirmadas essas informações, todas as transferências podem ser suspensas judicialmente até o final das investigações, e mesmo canceladas. Além de processar diretores e ex-diretores do Pan Americano, advogados de Silvio Santos já pediram ao BC e ao Ministério Público Federal o bloqueio imediato de todos os bens transferidos nos últimos meses por funcionários da instituição.Também já foi decretada a quebra do sigilo fiscal dos supostos envolvidos, bem como de seus parentes.
Um dos principais alvos é Rafael Palladino, presidente do banco do Grupo SS. Ele é ao mesmo tempo primo e cunhado de Íris Abravanel (casado com sua irmã).
Segundo a investigação, Palladino estaria construindo uma mansão cinematográfica em Iporanga, Guarujá, em imóvel vizinho ao do juiz Nicolau dos Santos Neto; Palladino ainda teria imóveis de grande valor na Flórida, além de vários carros de luxo, como uma Ferrari, comprada recentemente.
Ele não foi localizado pela coluna Ooops! na noite deste sábado para comentar o assunto.
Outros diretores investigados teriam acelerado a transferência de bens a partir de outubro. Um mês antes, Silvio Santos visitou o presidente Lula . O BC já identificou transferências de imóveis em São Paulo e no litoral, além de veículos de luxo e ao menos de uma fazenda.
A fraude de R$ 2,5 bilhões envolve principalmente a venda de “pacotes de crédito” concedidos pelo Pan Americano a outros bancos da praça.
Depois de saber da fraude, Silvio Santos anunciou ao BC, esta semana, que colocaria todo o seu patrimônio como garantia ao BC para não decretar a quebra do banco.
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