Para quem só tem a transmissão antiga, a emissora deixou os horários arrendados para igrejas evangélicas. Quem já pôde investir em uma TV digital vê reprises de programas produzidos pela Rede TV!.
Informalmente, emissoras concorrentes acusam a Rede TV! de prejudicar os telespectadores que não puderam comprar ainda uma TV digital e de ir contra o decreto do presidente Lula que regulariza a transição do sinal analógico para o digital. A lei prevê que, até junho de 2016, deverá haver "a veiculação simultânea da programação em tecnologia analógica". O Ministério das Comunicações (MC) pediu à Agência Nacional de Telecomunicações que investigasse o procedimento. A Rede TV! foi notificada e apresentou sua defesa, que está sendo analisada pelo MC. Kalled Adib, superintendente de operações da Rede TV!, afirma que não há no decreto determinação para que a programação seja a mesma.
"Se eu tenho três filhas bonitas e apenas um príncipe para casar com uma, vou beneficiar uma delas ou prejudicar todas?", metaforiza. "Estamos fazendo um bem para a indústria. Além disso, as igrejas não produzem em alta definição", diz.
Polêmica da TV Cultura
A TV Cultura de SP também se envolveu em uma polêmica, em 2009. A emissora optou por dividir o espaço da banda digital, capaz de transmitir um canal em alta definição, para a exibição de três digitais, mas não HD - a chamada multiprogramação, vetada por lei.
Um deles é a própria TV Cultura, o segundo é a MultiCultura, com programação de arquivo, e o terceiro, o Univesp TV, da Universidade Virtual do Estado de São Paulo, projeto de cursos à distância em parceria com o governo estadual.
A Cultura, por determinação do Ministério das Comunicações, teve de interromper a transmissão dos outros dois canais. Depois, solicitou "autorização para uso de multiprogramação em caráter científico-experimental", o que lhe foi concedido pelo ministério.
Fonte: Ilustrada - Folha de S. Paulo (Laura Mattos)
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