Em São Paulo, a TV Gazeta é a emissora aberta que mais vende horários. Igreja Universal, venda de carros, de terrenos no interior do Estado, programas de vendas de produtos invadem a grade de programação e fazem da emissora um arremedo de concessão pública, gerida por uma fundação, em tese, sem fins lucrativos, cujo único interesse parece ser faturar no varejo.
E nem se pode nem "inocentar" programas como o de Ronnie Von ("Todo Seu"), o "Mulheres" e as trações esportivas, uma vez que todos têm merchandising tão ou mais ostensivo que o restante da programação. Só o jornalismo, até agora, escapou da sanha comercial.
Uma pena que, no dia em que faz 40 anos, a Gazeta só possa contar histórias sobre seu passado, onde já chegou a brigar pela vice-liderança no ibope aos domingos à noite, com discussão futebolísticas acaloradas.
Bandeirantes e Rede TV se calam sobre venda de horários
Procuradas na última semana, nem Bandeirantes nem Rede TV! quiseram comentar os números apresentados na semana passada na coluna, que apontaram essas duas emissoras abertas como as que mais vendem horários para terceiros.A Rede TV! loteia quase que metade de sua programação. Por dia, apenas 12 horas exibidas na emissora são de sua própria produção. A Bandeirantes também chega a vender quase 50% de sua grade nos finais de semana e disse, por meio de sua assessoria, que não iria se manifestar.
As duas emissoras desobedecem o decreto nº 52.795, de 1963, que prevê que as TVs abertas são obrigadas a "limitar a um máximo de 25% do horário da sua programação diária o tempo destinado à publicidade comercial".
Fonte: Ooops! - Uol Notícias (Ricardo Feltrin)
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