"Vender horário seja para igreja, seja para programa de vendas, é contra a lei. Pergunte ao ministério (das Comunicações). Todas as TVs que fazem isso estão ferindo a lei", declarou.
O SBT e a Globo, segundo Stoliar, seriam as únicas emissoras que não vendem horário para produtoras independentes. No caso da Globo, no entanto, há um produto, digamos, com trocadilho, "flex". Ele não pertence nem à Globo Produção, nem à de Jornalismo e tampouco à de Esportes: o dominical "Auto Esporte", que aparenta ter matérias pagas. O SBT por sua vez tem o "Pesca Alternativa", mas a emissora diz que o horário "é cedido gentilmente".
"Sabe aqueles avisos antes do programa que dizem: 'Esta é uma produção independente, a emissora não se responsabiliza etc etc? Não serve para nada esse aviso. Se a produtora cometer crime, a emissora paga também", declarou Stoliar, 53 anos.
Ele disse acreditar que a guerra deflagrada entre Record e Globo não afeta ao SBT, mas que a fome da Record por profissionais causa prejuízo, pois "é difícil competir com uma TV que tem fonte tão generosa de receita" (Universal).
Stoliar confirmou ter recebido proposta para vender horário do SBT à igreja Universal, conforme a Record informou na segunda-feira, e que de fato não respondeu. "Mas se eles nos oferecerem o que dizem ter oferecido à Globo (R$ 543 milhões) a gente conversa", disse jocoso. "Faço até um desconto de 20% nisso", ironizou, ao lado de Daniela.
Outro lado
Procuradas para comentar as declarações de Stoliar, a Rede Record não quis se manifestar. A Rede Bandeirantes informou que enviará sua posição, que será será incluída neste texto assim que chegar.
A coluna também procurou o Ministério das Comunicações, que também pediu tempo para se manifestar.
Fonte: Ooops! - Uol Notícias (Ricardo Feltrin)
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