Mas o sucesso do novo produto esbarrou em um grande problema interno na emissora.
Ao ser lançada, em outubro, a Globo Play podia ser acessada de vários países do mundo. O aplicativo é baixado de graça, mas para ter acesso à alguns conteúdos da emissora, incluindo a transmissão ao vivo da programação da Globo, é necessária uma senha da Globo.com , portal do canal.
O problema é que essa liberação da Globo Play para o mundo bateu de frente com dois produtos da Globo: a Globo TV Internacional, área que vende programas da emissora no exterior, e o canal internacional da Globo, emissora paga que exibe programas da Globo em 114 países do mundo. Ambos são fontes importantes de renda para a Globo.
Com vários programas que podem ser acessados na Globo Play via internet, por que um brasileiro no exterior pagaria para ter o canal internacional da Globo?
A assinatura da Globo lá fora custa em média US$ 20, (R$ 80), já a assinatura do Globo.com sai em média por R$ 13.
A solução foi bloquear conteúdos da Globo Play, a plataforma digital da emissora, lá fora. O acesso à transmissão ao vivo do conteúdo também não está disponível no exterior. Muita gente chegou a acessar em outros países, e depois perde o acesso.
Procurada, a Globo disse que o acesso ao Globo Play fora do Brasil não será cortado. O que pode acontecer é o mecanismo chamado de "geoblocking" para conteúdos específicos, em função de vários fatores, como restrição de direitos autorais ou estratégia comercial. Além disso, o streaming da programação ao vivo, disponível inicialmente no Rio de Janeiro e em São Paulo, não pode ser acessado de fora do Brasil.
Segundo a Globo, o canal internacional da Globo oferece programação customizada para os brasileiros que vivem fora do país, com programas exclusivos, jornalismo e futebol ao vivo, além do melhor do cinema brasileiro. O canal hoje está presente nos cinco continentes, por meio de mais de 80 operadores no mundo.
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