Promessa da Rede Globo nos anos 90, Bruno de Luca (foto), hoje,
expandiu sua carreira. Apresentador do programa "Vai Pra Onde", no
Multishow, ele tem atuado também como empresário. Sócio de duas empresas
(uma de viagem e outra de decoração), ele contou nessa entrevista que a
iniciativa já é pensando em sua aposentadoria, falou como foi sua saída
da Vênus Platinada, sobre suas inúmeras amizades com famosos e como
lida com dinheiro: “Não sou pão-duro, sou econômico. Eu fico de olho
sempre na minha grana e nas minhas contas. Sou freelancer, não tenho um
salário fixo por mês. Sou um cara preocupado, não gosto de gastar
dinheiro à toa.”
Fale sobre seus novos investimentos. Parece que você tem focado mais nesse lado empresarial, não é?
É, sim. Eu sempre gostei de não ter uma dependência total só do meu trabalho como artista. Tem épocas de entressafra e, daí, comecei a investir na minha vida profissional com coisas que têm a ver com o que eu faço. O primeiro desses investimentos foi o Barzim (uma pequena casa de shows na Zona Sul do Rio). Levo artistas e escolho as festas que rolam lá. Depois, entrei de sócio no site Trippics, que é uma rede social para viajantes. Tenho oito anos no programa "Vai Pra Onde?" e sentia falta de um espaço para trocar experiências com as pessoas. Também sou sócio de um site de decoração de casa, o Homeppcis.
Você gosta de decoração de casa?
Eu queria arrumar minha casa e, quando a Angélica veio gravar o "Estrelas", eu me dei conta ainda mais dessa importância.
Desde o início foi como um investimento para a sua "aposentadoria"?
Exatamente. Ninguém na minha família é artista. Há uma veia empresarial muito forte neles.
Ser famoso te ajuda nos negócios?
Com certeza. Tenho uma quantidade de seguidores nas redes sociais que me ajudam na divulgação. E é fato que sempre que entro num negócio a imagem vai junto. Por isso, a preocupação do trabalho ter a ver comigo.
Você mora sozinho?
Eu moro sozinho há muito tempo. Com uns 20 e poucos anos, quando me formei em jornalismo, meu pai comprou uma sala comercial na Barra para mim. Ele foi quem sempre administrou os meus bens. Na época, lembro que eu queria comprar carros e muitas outras coisas, mas ele me orientou a ter a sala comercial, que poderia servir como espaço para uma produtora no futuro. Eu tinha uma vida noturna agitada, saía, levava mulher para casa (risos), e aí comecei a morar na produtora. Depois saí de lá e aluguei um apartamento. Há dois anos estou na minha casa.
Você começou a trabalhar muito novo, né?
Sim, com 10 anos. Meu pai que sempre cuidou de tudo. Nunca tive acesso ao meu dinheiro. Tinha mesada como os meus outros irmãos. Eu queria um carro novo e ele me fez ter um velho (risos).
O que você faz de melhor e de pior na sua casa?
Acho que sou uma negação em tudo. Sou bom em dormir (risos). Gosto de trabalhar em casa, fazer o esquema home office. Essa última temporada do "Vai pra Onde?", eu escrevo, edito e dirijo. Ou seja, faço tudo. Eu trago todo mundo que trabalha comigo pra cá.
Você é bagunceiro?
Sou bagunceiro, mas não sou porco. Sou limpinho e a bagunça é organizada.
Nesse turbilhão de coisas, você não sente saudade de interpretar?
Eu gosto muito de jogar em todas as áreas, como faço no "Vai Pra Onde?". Quando você atua numa novela, você é uma parte daquela engrenagem. Eu sentia uma agonia de querer fazer mais coisas e não só esperar pela minha cena. Há uma saudade genérica de atuar. Não tem mais a ver comigo a dedicação só em atuar.
Antes de sair da Globo, você era uma promessa na emissora. Quando saiu, não cogitaram colocar você em outras áreas?
Quando eu fazia o quadro do "Vídeo Show", o ‘Deu a Louca no De Luca’, eu tinha a responsabilidade de entregar o DVD pronto para a Globo. Meu contrato era de apresentador, diretor e editor. Então, eu fazia de tudo. Eu estava sobrecarregado com tudo isso e ainda fazia o "Vai Pra Onde?". Nisso, se passaram quatro anos e eu tive que optar por um ou outro. Vi que com o meu programa eu tinha a oportunidade de conhecer o mundo e atingir todas as classes… Foi uma escolha pensada e feita com concordância das duas partes. Eu continuo no grupo, no caso a GloboSat.
Você é contratado?
Eu trabalho com contrato por obra. Adoro isso, posso trabalhar com coisas completamente diferentes e em vários canais. Não gosto de rotina, não curto a mesma coisa todos os dias. Fiz debate esse ano sobre o "BBB" e o "Casa Bonita", vida melhor não podia ser.
Isso comporta bem o hiperativo que você é?
Sim, com certeza. E eu não paro mesmo.
O importante é estar no ar. E você sempre está aparecendo, né?
Antes eu estava no ar até demais. O "Vai Pra Onde?" já teve temporada de ir ao ar junto com o "Vídeo Show". Morro de saudade das equipes que trabalharam comigo na Globo, mas ainda mantenho um ótimo relacionamento com todos. Estamos sempre nos encontrando. E, mesmo assim, eu não paro de pensar em novos projetos. Essa vida de freelancer não é fácil, não. Cada mês é uma luta, cada hora tenho que trazer uma coisa nova. E eu adoro criar.
Falando dos amigos da Globo… Como é que você mantém a amizade com os famosos?
Eu sou um cara que desde pequeno sempre tive muitos amigos. Trato todos da mesma forma, anônimos ou famosos. Gosto de ouvir as pessoas, não falo de mim o tempo todo. Apesar de sempre ter muitos assuntos, eu sou um bom ombro amigo.
Quem é o seu melhor amigo famoso?
Cara, impossível responder essa!
Eu arriscaria Carolina Dieckmann, não é?
Não queria fazer um ranking. A Carol, além de amizade, já é família. Nós trabalhamos juntos em "Fera Ferida", e ela tinha 14 anos. Ela cuidava de mim quando a minha mãe não podia ir às gravações. Eu sou muito próximo dela, de seus filhos, do marido e também do ex-marido, o Marquinhos (Frota). Eu vou ao aniversário da mãe dela e meus pais amam a Carolina. É uma grande família.
Relembrando o passado. Você foi gordinho na infância, mas, de uns tempos pra cá, emagreceu. Você tinha problema com a balança?
Quando comecei na TV, eu estava na fase de criança gordinha. Meu teste era para ser o Edson Celulari quando criança, que era um comilão. O diretor adorou meu teste e pediu para eu comer à vontade, porque queriam que eu engordasse justamente na época que minha mãe queria me colocar na dieta. Foi maravilhoso, eu fiquei muito feliz porque sonhava ser ator e ainda podia comer de tudo. Em "Malhação", já estava no embalo de gordinho. Depois veio o "Domingão do Faustão" e comecei a emagrecer porque espichei. Fiz uma dieta com 16 anos e aí emagreci mesmo. Fico nisso até hoje, ganho cinco quilos e depois emagreço. Fico tentando me regular, mas faço programa de viagem com restaurantes maravilhosos e não dá pra fazer dieta.
Você é vaidoso?
Tenho vaidade, mas não tenho pretensão de ser galã. Tenho muita consciência da minha cara (risos). Eu sou vaidoso normal, agora estou aprendendo a me vestir melhor. Sou bem desleixado.
Você contratou alguém para cuidar do seu guarda-roupa?
Não. Eu peço opinião para as pessoas, mas sou eu que cuido mesmo. Agora estou começando a melhorar. Sou o tipo carioca que anda de bermuda e chinelo.
Qual lugar que você mais gostou e o que menos curtiu nas viagens do ‘Vai pra Onde’?
Gosto muito da Europa, mas é difícil escolher um lugar só. Los Angeles eu gosto muito porque tem a ver comigo, essa coisa de cinema… É uma cidade que me marcou muito. Lá eu fiz um curso que virou programa, o ‘Quero ser um cineasta’. Amo Ibiza também, que não é só balada. Tem muita coisa bacana pra curtir de dia. Um lugar que não gostei muito foi a Sérvia. Achei meio depressivo, por onde você anda vê prédios bombardeados. Foi um lugar difícil.
Você falou de casamento em uma recente entrevista. Isso é um desejo desde sempre ou vem novidade por aí?
Eu sempre quis casar e ter filhos. Desde pequeno eu admiro o casamento, vejo o dos meus pais que tem mais de 30 anos. Me vejo velhinho com filhos, numa casa e com uma esposa. Com o meu programa é difícil manter uma relação. Fico muito tempo fora. Meus namoros não vão pra frente por conta disso. O programa é um reality e ainda tem uma pegada de balada… Eu cheguei a fazer uma temporada namorando, e foi uma experiência péssima, fiquei travado. Terminei no meio da viagem.
Você está namorando?
Eu evito falar porque atrapalha muito a relação. Já tive experiências ruins por causa disso. Aprendi a guardar para mim.
Então, você está namorando mas quer preservar, é isso?
Não, não coloca isso não (risos). Estou vivendo, não posso assustar a menina.
É anônima ou famosa?
Não posso responder isso. Eu quero me preservar em relação a isso. A gente já se expõe tanto.
Quando foi seu último namoro?
Namoro mesmo tem uns dois anos, com a Priscila.
Você é muito família?
Demais. Eu vou muito na casa dos meus pais, moramos pertinho. Meu irmão acabou de ser pai e eu sou padrinho do bebê dele. Nós estamos juntos sempre.
Você é pão-duro?
Não sou pão-duro, sou econômico. Eu fico de olho sempre na minha grana e nas minhas contas. Sou freelancer, não tenho um salário fixo por mês. Sou um cara preocupado, não gosto de gastar dinheiro à toa.
Qual foi a maior extravagância que já fez?
Eu tenho um jet-ski, acho que é isso.
Você trabalhou com Boninho algumas vezes. Ele é fácil de lidar?
Eu trabalhei com Boninho há muito tempo e adoro ele. Acho que ele é um diretor incrível. Só tenho coisas boas para falar. Ele sempre me apoiou nas minhas escolhas, inclusive quando pedi para sair do "Vídeo Show". Admiro os muitos programas que ele comanda. Sempre que estou cansado penso nele, um exemplo. Sou fã dele.
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