terça-feira, 4 de março de 2014
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Para Fátima Bernardes, Carnaval é "lindo", "muito legal" e burocrático
A Rede Globo escalou a jornalista Fátima Bernardes (foto junto com Juís roberto) para ser a grande estrela da transmissão do Carnaval do Rio de Janeiro. Mas quem brilhou no "estúdio Globeleza" foi Tiago Leifert. O apresentador do "Globo Esporte SP", sim, entrou no clima de informalidade e alegria pedido pela emissora. Fez entrevistas nos intervalos e tiradas durante os desfiles, como o comentário "Se acontecer algo com a Grande Rio o Projac acaba" e referências "estéticas" bem carnavalescas ("A partir daí, o silicione está liberado").
Fátima foi coadjuvante de Luís Roberto de Múcio, o comandante das transmissões no vídeo. A ex-apresentadora do "Jornal Nacional" não conseguiu se libertar da bancada de telejornal e foi burocrática. Anunciava alas e carros alegóricos que as legendas muitas vezes identificavam antes. "Aí estão as carrancas", afirmou, enquanto a TV mostrava... carrancas. Eventualmente, acrescentava alguma informação de bastidor ou algum número volumoso apurado pela produção.
No desfile da União da Ilha, Tiago Leifert, de infância mais próxima, tomou a liderança e apresentou personagens do universo infantil retratado no desfile. "O enredo é sobre ser criança", explicou logo de cara. E a mulher de William Bonner dizia "sim" e "exatamente" para quase tudo.
Fátima, enfim, foi burocrática, óbvia. Para o telespectador mais exigente, ela foi irritante. Não houve um desfile que não dissesse no mínimo uma dezena de adjetivos. "Emocionante", "impressionante", "muito legal", "legal", "máximo", "lindo" e "linda" eram seus mantras. "Olha como seria o frevo no espaço. Muito legal", "Muito legal o efeito das portas se fechando", "Que efeito lindo, né? Que lindo!", "Linda, linda, não? Linda", "Tá lindo esse carro, hein? Lindo, lindo. E é o abre-alas, abriu muito bem", "Olha vocês na tela como vocês estavam lindos dançando! Olha que maravilha!".
Na equipe de transmissão da Globo no Rio, merece "destaque" ainda o ator Eri Johnson. Depois de dois dias de desfiles, não deu para entender o que ele estava fazendo e por qual motivo estava no estúdio da emissora. Suas intervenções eram raríssimas e ainda mais óbvias do que as de Fátima Bernardes: "No final, tudo dá certo", comentou sobre um carro alegórico que tinha problemas.
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