sexta-feira, 9 de abril de 2010

Redes de TV crescem 30% e comemoram ‘Natal em junho’

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As redes de televisão tiveram em janeiro, fevereiro e março provavelmente o melhor primeiro trimestre de todos os tempos. Na média, estimam os executivos das áreas comerciais, o crescimento ficou em 30% em relação ao mesmo período do ano passado.
A Rede Globo, que raramente fala em altas superiores a 10% (porque tem menor margem de crescimento, por deter mais de 70% do mercado), bateu nos 30%, marca também atingida pelo SBT. A Record, segundo Walter Zagari, vice-presidente comercial, teve um impressionante crescimento de 54% no trimestre.
Superintendente da Rede TV!, que cresceu entre 25% e 30%, Antonio Rosa Neto diz que não viu algo parecido no mercado publicitário nem nos eufóricos planos econômicos Cruzado (1986) e Real (1995).
“Há um fator sinérgico que nunca vi acontecer”, diz, citando o momento da economia brasileira (que passou sem traumas pela última crise mundial), o dólar relativamente fraco, o despontamento da China como principal parceira no comércio internacional e a estabilidade política.
Zagari, da Record, acredita que o mercado de televisão vai ter dois Natais neste ano, um em junho e outro em dezembro.
“Pode estar existindo uma ansiedade no mercado para anunciar mais no primeiro semestre, porque não sabe o que vai acontecer no segundo [que elegerá um novo presidente]“, arrisca. “Mas a política está descolada da economia e acho que as eleições não vão interferir nos negócios”, conclui.


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Diretor comercial do SBT, Henrique Casciato aponta a crise de 2008 e disputas comerciais mais acirradas como principais fatores para o surpreendente crescimento da propaganda.
“No começo do ano passado, com a crise mundial, as empresas multinacionais demoraram a acreditar no que disse o presidente Lula [de que a crise, no Brasil, seria uma marolinha]. Quando resolveram investir em publicidade, já tinham perdido o primeiro trimestre”, afirma.
Segundo Casciato, grandes anunciantes não apareceram na mídia no primeiro trimestre de 2009, diferentemente de 2010. O executivo lembra que a isenção de IPI para carros também favoreceu as TVs neste início de ano. E que até fabricantes de chocolate, que se esconderam em 2009, mostraram seus produtos na última Páscoa.
“A grande pergunta agora é como será julho, agosto e setembro”, diz Casciato. Segundo ele, o desempenho do terceiro trimestre vai depender muito da seleção brasileira na Copa do Mundo. Um novo título levará as empresas à TV, em peças ufanistas.
Na Globo, o crescimento de 30% é atribuído ao bom momento da economia. A emissora conseguiu vender bem até a minissérie "Dalva e Herivelto", exibida na primeira semana do ano, tradicionalmente um período “micado” para a propaganda.


Fonte: blog Daniel Castro - R7.com (Daniel Castro às 06h)
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