O autor Bosco Brasil irá focar as tramas românticas centrais, como as de Leal (Antônio Fagundes) e Hélia (Eliane Giardini) e de Zeca (Thiago Rodrigues) e Nelinha (Fernanda Vasconcellos), e no drama familiar de Ditta (Alessandra Maestrini), cantora de ópera que trocou os filhos pela carreira internacional e que agora tenta conquistá-los. Enfim, "Tempos Modernos" irá investir mais no velho, bom e manjado folhetim.
As mudanças têm amparo em pesquisas realizadas com grupos de telespectadores em São Paulo. Essas sondagens revelaram que o público das 19h não aceitou algumas tramas paralelas, não entendeu alguns temas e não captou a ironia e as citações presentes no texto de Bosco Brasil, dramaturgo que ganhou destaque na TV na Record, com "Bicho do Mato", e estreia agora no time de autores-solo da Globo.
Na opinião das telespectadoras ouvidas pela emissora, ao contrário do que a novela propõe, não há problema algum em se construir um megaedifício em um local onde funciona um galeria repleta de lojas de discos – numa referência à Galeria do Rock, na rua 24 de Maio, em São Paulo. Ou seja, para o público, não faz sentido as batalhas travadas por vários personagens, porque suas causas não encontram respaldo.
A crítica à “sociedade da segurança”, ilustrada por um edifício “inteligente” que controla a vida de seus moradores, também não foi bem compreendida. E o fato de Leal conversar com um robô foi visto como uma excentricidade – Frank, o robô, não foi percebido como um alterego do personagem de Fagundes.
Fonte: blog Daniel Castro - R7.com (Daniel Castro)
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