segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Canal Viva desrespeita memória da TV ao alterar imagem original das produções

Considerado um oásis para os nostálgicos, o Canal Viva tem nas mãos um acervo riquíssimo, que diz muito sobre a história da televisão. Já passaram por lá novelas emblemáticas como "Vale Tudo", "Renascer" e "Dancin' Days" e minisséries como "As Noivas de Copacabana" e "Agosto" (todas da Rede Globo). Não há como reclamar do menu oferecido aos espectadores. É irretocável e um grande presente para quem sente saudades de algumas destas atrações.
Não dá para entender, no entanto, como a emissora a cabo desrespeita tanto o acervo que compõe sua programação. Desde que entrou no ar em alta definição, o Viva passou a alterar a imagem de seus programas de maneira absolutamente desnecessária. Produções como o "Planeta Xuxa" e "A Viagem" (foto de uma cena exibida no canal), antes exibidas em 4:3 são agora exibidas em 16:9, o que, obviamente, significa que tudo surge na tela achatado e esticado. A qualidade da imagem, por consequência, perde em resolução.
Não há a mínima necessidade de transformar um material que originalmente era transmitido de outro modo. Para manter o HD sem alterar o conteúdo mostrado, bastaria inserir tarjas laterais e, em produções já convertidas para a nova tecnologia, eliminar as barras.  Não é difícil. Seria mais justo, não incentivaria um mau hábito e mostraria mais respeito pela memória da TV.


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