O ator Jorge Loredo (foto) está na UTI no Hospital São Lucas, no Rio de 
Janeiro. O comediante foi internado nesta terça-feira (17) e, segundo 
dados do hospital, está em estado grave. A reportagem do UOL entrou em 
contato com a sobrinha do ator, mas ela afirmou que a família preferiu 
se resguardar nesse momento e não quis comentar sobre o assunto.
 Conhecido por personagens cômicos, principalmente o Zé Bonitinho, o 
ator fez sucesso com os esquetes do programa "A Praça é Nossa", no SBT. 
Jorge Loredo tem 89 anos de idade e estava na ativa até 2 anos atrás, 
fazendo shows com o seu número humorístico.
 Zé Bonitinho foi lembrado no desfile da União da Ilha na última 
segunda, cujo enredo falou sobre as várias formas de beleza e criticou o
 culto ao corpo.
 Nascido em 7 de maio de 1925, Loredo se descobriu ator após o que 
parecia uma tragédia. Internado aos 20 anos de idade devido a uma 
tuberculose, ele começou a frequentar o grupo de teatro do hospital por 
conselho de um médico, e assim apaixonou-se pela atuação. 
 
 Após se restabelecer, o então jovem Jorge se dedicou à carreira de 
ator, mas não imaginava que enveredaria pelos caminhos do humor. Tendo 
seu primeiro papel no monólogo "Como Pedir uma Moça em Casamento", o 
sucesso e o talento para o riso o fizeram mudar de ideia, e assim nascia
 o comediante. 
 
 O personagem mais conhecido de Loredo surgiu muito antes de suas 
participações na televisão. Ainda nos palcos, ele se inspirou em um 
amigo chamado Jarbas para criar o Zé Bonitinho, um pretenso garanhão que
 sempre falhava na hora H por já ter beijado muitas mulheres naquele 
dia. 
 A estreia do papel na telinha foi há 55 anos, em 1960. O roteirista dos
 primeiras esquetes de Zé Bonitinho foi ninguém menos que Chico Anysio, 
para o programa "Noites Cariocas". No entanto, Jorge Loredo já havia 
ganhado destaque um ano antes como o Mendigo Filósofo, no programa "A 
Praça da Alegria".
 
 Desde 1959, ele atuou em 12 filmes, dentre os quais "Sem Essa, Aranha",
 de 1970, "O Abismo", de 1977, "Chega de Saudade", de 2008, e "O 
Palhaço", de 2011, que têm grande destaque no cinema nacional, além de 
"Câmera, Close", documentário do qual ele foi o tema em 2005.