Na troca de canal, teve sua audiência triplicada e ganhou uma surpreendente plateia jovem. Até por causa disso, a edição comemorativa, no próximo domingo, receberá universitários de 20 anos que enviaram uma gravação defendendo por que deveriam sentar na bancada do "Manhattan Connection". O programa contará ainda com o antropólogo Roberto DaMatta, primeiro convidado do título. De Nova York, Lucas Mendes conversou com o Estado, por telefone.
O que mudou na troca do GNT pela Globo News?
Para nós, melhorou. A gente tem um estúdio que é menor, mas que é melhor sob todos os aspectos, e tem uma cooperação muito boa da Globo.
Vocês usavam um estúdio da Reuters e agora gravam na sede da Globo em Nova York, é isso?
Isso. O da Reuters era gigantesco, mas o da Globo é mais bem iluminado e nos oferece uma estrutura que não tínhamos.
O ibope cresceu? Vocês saíram do GNT porque o canal estava se tornando muito feminino?
A explicação foi essa: "Vocês são os únicos homens do canal e a gente está partindo para uma audiência classe C, na qual vocês não se enquadram".
Mas vocês têm um retorno de audiência dessa troca?
Oficialmente não, porque a gente não é empregado da Globo e não tem acesso aos números. O que a gente sabe é que o programa nunca foi tão bem: triplicou a audiência e está entre as três maiores audiências do canal.
A Globo sugeriu alguma mudança de estrutura?
Eles queriam fazer alguma mudança e eu disse que achava melhor não fazer naquela hora. Toda transição já é difícil, você ainda vai acrescentar mais uma dificuldade, fazendo mudança de pessoal? Eles concordaram e a gente nunca teve um desacordo.
De "pessoal" seria no elenco?
Eles chegaram a falar em trazer de volta o Nelson Motta. Falei: "Aposto 10 x 1 que o Nelson não vem". O Nelson não gosta de ficar num lugar por muito tempo e ficou conosco por tanto tempo, se não me engano, 8 anos.
Ele ficou um tempo em NY e depois no Rio, com o Jabor. Você chegou a dizer que o programa quase virou um "Conexão Rio".
Foi um período em que o programa não foi bem, perdeu audiência. Os dois não estavam ligados no esquema de fora, na pauta que a gente mandava, não fazia parte do dia a dia deles, e estavam indo muito bem em outras carreiras, o Jabor com filme, o Nelson, com livro.
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