quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Luiz Bacci avalia seus primeiros dias à frente do "Balanço Geral SP"

POSADAS CHAHESTIAN 17 1 Luiz Bacci avalia seus primeiros dias à frente do Balanço Geral: Acho que estou dando conta do recado
À frente do "Balanço Geral" há pouco mais de uma semana, Luiz Bacci (foto) tem mantido os índices de audiência que o programa alcançava sob o comando de Geraldo Luís, que estreará no dia 9 o "Domingo Show". Em alguns dias, o jornalístico tem chegado a ocupar a liderança e mantido números na casa dos dois dígitos. Com experiência no jornalismo e no entretenimento - chegou a apresentar o "Fantasia", no SBT -, Bacci avalia como foram seus primeiros dias na nova produção.

Qual o balanço que faz desta primeira semana à frente do programa?
Minha maior preocupação era primeiro manter o público fiel do horário. Ao contrário do "Cidade Alerta", o "Balanço Geral" exige um lado curioso, mais bem humorado. Tem notícia e também quadro fofoca. Pelos resultados e pela reação das pessoas quando me encontram, acho que estou dando conta do recado.


Ficou com receio pelos resultados de audiência?
Eu não estava muito tenso porque já são 20 anos de carreira. Dá aquele frio na barriga, óbvio, mas consigo me controlar melhor. Até porque aprendi com o passar do tempo a ter uma leitura diferenciada da audiência. Hoje, há mil fatores que influenciam, como a programação da emissora, da concorrência, as condições climáticas... Sei do desafio que é fazer uma troca de apresentadores. Eu temia que houvesse uma troca de público junto com o apresentador, mas não foi o que aconteceu. Logo no primeiro dia relaxei, me senti em casa.


Conversou com Marcelo Rezende e Geraldo Luís antes de assumir o "Balanço Geral"?
Tanto o Marcelo quanto o Geraldo são amigos pessoais. Um tem a maior audiência da Record e anunciou várias vezes a minha estreia. O outro pediu para o público dele me acompanhar. Marcelo me acolheu como um pai. Geraldo foi o primeiro a me ligar para dar os parabéns quando soube da minha contratação há alguns anos, mesmo sem me conhecer muito. Sou muito grato a ambos.


Ficou angustiado durante o período que apresentava o "Balanço Geral" apenas para o Rio de Janeiro e não para o país todo?
Até uns dois anos atrás eu tinha ficado mais ansioso. Mas me treinei. Entendi que tudo tem a hora certa para acontecer. Eu falava para os diretores: "Adoro o que estou fazendo hoje. Tá tudo certo, tudo ótimo". Claro que profissionalmente é muito bom estar em rede nacional, mas domei minha ansiedade nesse período no Rio. Fui para passar dois anos que viraram cinco. O melhor pra mim foi voltar pro convívio diário com minha família em São Paulo. Mas também sinto falta do Rio, vou viajar pra lá de vez em quando. Vale lembrar também que, durante o tempo em que fiquei no Rio, apresentava o "Cidade Alerta" aos sábados e participava do programa diário. Aliás, além de participar, eu ficava o programa todo vendo o trabalho do Marcelo Rezende.


Qual a maior qualidade de Marcelo Rezende como apresentador?
Acho que ele conseguiu escancarar que o jornalista é como a pessoa que assiste televisão. Marcelo conseguiu montar realmente uma família ao mostrar que há uma família fazendo o programa para outra família assistir em casa. Para mim, um dos grandes méritos dele foi conseguir reunir a família na frente da TV e aliviar na hora certa, quando as notícias são muito fortes. Ele consegue dosar com humor e contar a notícia.


Ao contrário de muitos jornalistas, você tem um grande número de fãs. A que se deve isso?
Acho que é por causa da minha idade. Sou jovem, não sou feio... Não me acho bonito, mas também não sou feio. (risos). É difícil ver um homem se dando bem na televisão no jornalismo. Como herdei um pouco do carisma do Silvio Santos, na época que trabalhei no SBT, acho que as pessoas lembram.


Considera-se uma celebridade?
Sou muito simples, muito discreto. Não gosto de ir a festas badaladas, apesar de ser convidado para várias. Gosto de ir a bons restaurantes, ficar em casa, com meus amigos. Trabalho muito. Mas também assisto TV o dia inteiro, desde pequeno.


Apesar de ter entretenimento, o "Balanço Geral" também apresenta casos que mostram a dura realidade do país. Consegue não se afetar com esse tipo de notícia ou desenvolveu uma barreira emocional?
Não é uma coisa pensada, mas consegui montar uma barreira que impede que eu leve os problemas para casa. Quando era repórter de campo, cobri tragédias como o acidente da TAM e a cratera do metrô, mas não sentia nada. Só percebi que me afetava um mês depois. Me abalava muito, ficava doente, tinha febre inexplicada. Depois, fui ao médico e percebi que era tudo emocional. Hoje, graças a Deus, não sofro mais com isso.

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