Mylla começou a trabalhar como modelo aos oito anos, e foi nessa área que voltou a atuar nos últimos anos. Em 2015, posou para duas campanhas publicitárias, de uma marca de sapatos e de uma loja de móveis. Ela afirma que prefere dedicar seu tempo a trabalhos esporádicos e à família. Bem casada com o empresário e investidor financeiro Paulo Luis Sartori, Mylla se tornou mãe de Arthur, hoje com quatro anos.
"Foi natural, foi ótimo sair da Record. A Record é uma boa emissora, mas no meu caso era melhor poder escolher meus trabalhos. Eu tenho 30 anos de carreira, já fiz de tudo, tive muito Ibope. Agora realmente tem que ser uma coisa que me emocione demais para eu fazer. Não sinto falta [da TV]", diz.
A estreia de Mylla como atriz foi aos 20 anos, em "Meu Bem, Meu Mal" (1990), novela da Rede Globo que também é reprisada atualmente, no canal Viva. Ela lembra com muito mais carinho desse trabalho do que de sua passagem pela Record. Mylla interpretava Jéssica, a filha mimada e ciumenta de Ricardo, personagem de José Mayer. "Meu Bem, Meu Mal foi o máximo, uma novela muito marcante. Aprendi a montar à cavalo com uma professora, a Adriana Esteves também montava bastante comigo nas cenas", recorda.
Mylla relata também que sofria preconceito nos bastidores da Globo por ser modelo e não ter formação como atriz e que Lima Duarte e José Mayer foram seus maiores guias em sua primeira experiência em novelas.
"Foi muito difícil para mim. Eu tinha
acabado de chegar do Japão, era uma modelo conhecida, fazia muito
comercial. Não é que eles chamaram qualquer um, eles chamaram a Mylla
Christie, eu já tinha nome. Fiz teste e achei que tinha ido mal. Tanto
que, quando ligaram na minha casa [para avisar que tinha passado], minha
mãe achou que era trote. Tive muita ajuda do Lima Duarte e do Zé Mayer.
Com eles aprendi a decorar texto e a interpretar", conta.
Entre novelas, séries e especiais, Mylla
participou de 15 produções na Globo. Teve bastante repercussão com a
minissérie "Engraçadinha... Seus Amores e Seus Pecados" (1995), em que
interpretava Silene, a filha da protagonista Engraçadinha (Claudia
Raia). Em Senhora do Destino (2004), sua última trama na Globo, a atriz
viveu Eleonora, personagem que se assumia gay e adotava uma criança.
Mesmo sem convites para interpretar personagens que a estimulem, sem
novos projetos confirmados e sem planos profissionais para o futuro,
Mylla deixa claro que não está procurando emprego. "Hoje eu vivo um
momento diferente. Eu não preciso fazer uma coisa só por causa de
dinheiro, do contrato. Não é por aí".
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