No programa de ontem (27), Jô tomou uma posição, digamos, polêmica. Enquanto falava sobre o cenário político do país, o apresentadora fez um desabafo sobre intolerância política, e defendeu o ator José de Abreu, que cuspiu em um casal em um restaurante após uma grande discussão política. “Me espanta cada vez mais o ambiente de impaciência que o Brasil está vivendo. Esse episódio que aconteceu com o José de Abreu é constrangedor. Um cidadão não pode sair com sua mulher para jantar que é obrigado a ouvir insultos terríveis. Disseram horrores sobre a mulher dele. A reação dele foi levantar e dar uma cusparada no casal, que também é uma reação movida por um ‘não aguentar mais’. A pessoa não pode ter uma opinião ou tendência política que é condenada. Isto está ficando igual ao comportamento de alguns deputados no Congresso, que também é lamentável”, disse o apresentador.
Jô também defendeu Chico Buarque, criticado por declarar seu apoio ao Governo Dilma.
“O Chico Buarque não pode sair de casa sem ser agredido ou ofendido. O Chico é um patrimônio deste país. Eu fico comovido e com vergonha. Feliz o país que tem um Chico Buarque. Um cara que deveria ser reverenciado, mas ao invés disso sai de casa com os amigos e é agredido de uma forma mesquinha. Desculpa, mas precisava fazer esse desabafo”, falou Jô, muito emocionado. O apresentador tinha a voz embargada e lágrimas nos olhos.
Jô abriu sua metralhadora contra o deputado Jair Bolsonaro e falou sobre a Lei Rouanet, que incentiva diversas áreas da cultura. O apresentador voltou a defender José de Abreu.
“A confusão que fazem com relação à Lei Rouanet é brutal. É uma ignorância falar que o José de Abreu vive às custas da Lei Rouanet. Isso é um total desconhecimento da lei", continuou.
“Ele fez apologia ao crime. É uma pessoa que não merece estar no Congresso Nacional. É uma vergonha”, disse Jô sobre o deputado Bolsonaro.
Mesmo sendo aplaudido pela plateia, Jô foi agredido nas redes sociais. Muita gente não concordou com a defesa a Zé de Abreu, e detonou o apresentador.
Ele foi o único artista a sair em defesa do ator após o episódio da cusparada. Nenhum outro, petista ou não, se pronunciou sobre o caso.
Zé só recebeu ataques de famosos.
No episódio em que o deputado Jean Wyllis cuspiu no colega de Câmara Jair Bolsonaro, após este último homenagear um torturador da Ditadura Militar, muitos artistas apoiaram Wyllis.
Desta vez, Zé de Abreu foi abandonado pela classe artística, que não quis bater de frente com a opinião popular.
Jô foi na direção contrária na noite de ontem. Coragem, autenticidade, maluquice? Jô enfrentará o último e mais duro ano de sua grande carreira de apresentador.
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