Sem perguntas de jornalistas, diferentemente do que ocorreu no debate da Rede Record do primeiro turno, os candidatos se sentem à vontade para repetir questões já feitas antes em outros encontros. Aproveitam para levantar assuntos com o objetivo não de ouvir o que o outro tem a dizer, mas sim o de discursar sobre temas de seu próprio interesse.
Uma pergunta de Dilma sobre o Enem ganha uma resposta de Aécio sobre creches. E por aí vai, de parte a parte, esse diálogo de surdos – pelo menos, desta vez, sem maiores ofensas.
Aos mediadores, não resta muita coisa a fazer. “Tempo esgotado, candidata”, diz Celso Freitas. “É a sua vez de perguntar, candidato”, avisa Adriana Araujo. Por 105 minutos, tempo de duração do debate, essas foram as principais intervenções dos dois apresentadores da emissora.
Outra função que coube a Freitas e Adriana foi pedir para a claque dos dois partidos não se manifestar, no que não foram respeitados. Ou seja, a emissora não precisava escalar dois mediadores para isso. Um era mais do que suficiente.
Como já havia ocorrido no debate do primeiro turno, a Record teve dificuldades para acertar a luz no estúdio sobre os candidatos. O espectador viu inúmeras oscilações ao longo do primeiro bloco.
Diferentemente do que ocorreu no final do debate no SBT, quando os candidatos foram entrevistados pela emissora, na Record os apresentadores é que deram entrevista.
Segundo dados consolidados do Ibope na Grande São Paulo, o encontro rendeu média de 12.4 pontos à TV Record, com 14,9 de pico. Uma boa audiência. A emissora ficou 13 minutos na liderança.
Em tempo: Como este blog trata de televisão, e não de política, só publicarei comentários que digam respeito ao tema do meu texto. Declarações de votos e ofensas a um ou outro candidato não serão aceitos.
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