Só para refrescar a memória de vocês, foi publicado pelo jornalista que a atriz discutiu com o motorista por ele ter errado o caminho para levá-la até o Projac para gravar a novela da época "Salve Jorge". Segundo o colunista, ele errou o caminho, o que deixou a atriz bastante irritada. Zezé teria reclamado muito e, ao chegar aos estúdios, gritou que não aceitaria mais ser conduzida pelo motorista.
Logo depois de tal situação, o motorista começou a passar mal, com dores no peito e falta de ar e foi levado a um hospital. Na chegada, um médico perguntou ao idoso se ele havia passado por alguma situação de stress. O motorista estava preocupado em perder o emprego e repetia que não poderia ficar desempregado. A situação foi se agravando e a equipe médica percebeu que ele sofrera um infarto. No fim do dia, não havia mais o que ser feito. O motorista acabou falecendo.
Da análise das investigações policiais acostadas aos autos, concluiu-se que os fatos aconteceram de forma diversa da publicada pelos réus, sendo certo que o arquivamento do inquérito policial foi requerido pelo Ministério Público, que reconheceu ser o fato atípico, pelo fato de a morte do Sr. Nelson Anderson Lopes ter ocorrido por causas naturais. Verifica-se, pelo depoimento dos filhos do Sr. Nelson, que este era cardiopata, sofria de problemas de pressão arterial, usava medicamentos para controle de pressão e que no dia do evento relatou aos filhos que estava passando mal, bem como que conversou com a filha, depois de ter deixado a autora no set de gravação da Globo, e sequer relatou qualquer discussão. Tudo isso devidamente comprovado com base nas provas colhidas no inquérito policial que fora arquivado a pedido do Ministério Público. Com base nos direitos da personalidade pode-se ensejar o direito a divulgação do desmentido diante da ocorrência de ato ilícito praticado pelos réus, com fulcro nos artigo 186, 187 e 927 Código Civil. Assim, deverá prosperar o pedido da autora, a fim de que os réus publiquem a íntegra desta sentença nos mesmos meios que utilizaram para publicar a matéria sobre o presente caso. As notícias publicadas extrapolaram o direito à liberdade de expressão e manifestação do pensamento, pois caracterizaram abuso de direito com graves repercussões que dificilmente poderão ser consertadas. Ressalta-se que os réus em nenhum momento comprovaram que publicaram o desfecho do caso, o que demonstra a falta de compromisso com a verdade.
O colunista foi condenado a publicar durante 15 dias a sentença do juiz e ainda terá que pagar uma indenização de R$ 20 mil à atriz.
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