Como avalia essa semana à frente do "Cidade Alerta"?
Avalio muito bem. Mantive a média de audiência, o público respondeu bem. Nessas situações, nunca se sabe se vai agradar, até porque substituir o Marcelo Rezende tem um peso muito grande. Mas ele depositou confiança em mim, foi uma oportunidade de ouro. Conversamos bastante antes de eu assumir o programa e ele me disse para não ter medo ou ficar nervosa: "Seja a Fabíola de sempre e faça".
Foi preciso mudar seu estilo para apresentar?
Nas reportagens sou mais agressiva, tive de suavizar no estúdio. Quando estou apresentando sei que não estou falando diretamente com um criminoso como nas matérias de rua. Estou falando com o público brasileiro, então tem de haver um cuidado. Mas a gente tá muito feliz com o resultado.
Teve medo de substituir o Marcelo Rezende ou não manter a audiência do programa?
Não fiquei com medo. Não tenho medo de muita coisa, não. Até porque eu penso dessa forma: se estou aqui foi porque Deus me colocou. Se não der audiência é porque não era meu momento. Que bom que eu dei! Para mim, só o fato de substituir o Marcelo já foi um grande presente. Ele é o maior jornalista desse país. Nos identificamos de cara por meio de links ao vivo e reportagens. Nosso relacionamento foi amadurecendo em frente às câmeras. Demoramos para nos conhecer pessoalmente, mas quando aconteceu vi que ele era exatamente como imaginava.
Não fica brava por ser chamada de "Rabo de Arraia"?
Eu adoro! O Marcelo tem uma forma muito carinhosa de tratar as pessoas, mas às vezes alguns podem estranhar. Ele é natural, autêntico. Me sinto em casa quando estou do seu lado e me divirto com a criatividade dele. Não tenho nenhum problema com a brincadeira, eu ficaria chateada, sim, se ele desse apelidos para todo mundo menos para mim!
Foi por causa da relação com Marcelo Rezende que recusou ir trabalhar na Band com Luiz Bacci?
Eu não recusei, até mesmo porque ele não fez proposta. Existiu, sim, uma sondagem e nem foi por parte dele. Me ligaram perguntando se eu estaria disposta a mudar de emissora e de cara não dei resposta nenhuma. Então não escutei valores ou uma proposta concreta. Sei que foi publicado que recebi uma proposta, mas não foi o caso. O Marcelo Rezende é muito tranquilo e me apoia no que for melhor para mim, mas não precisei ir adiante com o assunto.
Você vive atualmente no Amazonas. O que falta para mudar de vez para São Paulo?
Para vir para São Paulo em definitivo falta realmente uma proposta. Por enquanto, sigo com um pé lá e um cá, mas é bem cansativo. São quatro horas de voo direto. E todo dia durante a semana ainda trabalho na afiliada de Manaus também para depois vir para cá. Tenho medo que a máquina falhe um dia, mas, por enquanto, está dando certo. Na verdade, a possibilidade da minha vinda para cá já foi conversada. Estamos analisando a situação com a diretoria da Record. Não posso reclamar de muito trabalho também, penso que essa é a hora de investir. Sem falar que quando a gente faz o que gosta não cansa tanto. E eu adoro meu trabalho.
Como tem sido a reação nas ruas e em Manaus, mais especificamente, ao sucesso que você tem feito na TV nacional?
Em Manaus já estão acostumados a me ver na TV há 10 anos, mas acho que nem eu nem ninguém esperava que fosse acontecer a fama nacional. Tenho muito orgulho, porque isso significa que o Norte tem sido mais visto. Querendo ou não, minha participação no "Cidade Alerta" abriu uma porta para o povo amazonense, para a terra que carrego no meu coração. Agora uma coisa mudou: lá ninguém me chama mais pelo nome - e eu amo que isso esteja acontecendo! Passo na rua e só ouço "Rabo de Arraia!". Hoje, se me chamam de Fabíola demoro para entender, nem atendo. (risos)
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