— Vou tentar conciliar, mas é difícil. A novela consome muito, o volume de textos, as gravações... Sem falar na demanda emocional. Quando estou no ar, entro numa outra frequência, mais de expansão do que de recolhimento. Para pintar, é preciso silêncio, calma — explica.
A frequência de Juliana será a oposta: sem conseguir engravidar, ela vai querer adotar, a qualquer preço, o filho da empregada, vivida por Carol Macedo. Para a personagem, Vanessa vem lendo sobre histeria e outros sintomas de doenças psiquiátricas, além de fazer preparação com a psicóloga Kátia Achcar.
— A Juliana é uma mulher em crise, que toma remédios e culpa o marido por não querer filhos tanto quanto ela. É uma personagem que tem mil possibilidades — adianta a atriz. —É um universo riquíssimo que, com certeza, vai inspirar o meu trabalho como artista plástica.
Desde que começou a trabalhar para “Em Família”, Vanessa — que na vida real é mãe de Tito, de 6 anos — vem fazendo uma espécie de diário da personagem. Ali, ela escreve impressões, cola recortes de jornais e fotografias que têm a ver com Juliana:
— Vou consultá-lo ao longo da novela. Depois, quem sabe, ele não vira uma obra?
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