No longo primeiro capítulo, o espectador foi levado a embarcar num conto de fadas em que a rainha má mandava um bandido raptar uma das gêmeas da camponesa Rebeca (Juliana Baroni). Mas, irritada com o fato de o bebê ser uma menina, tornou-se uma mãe intolerante e fria. O rei (Alexandre Barros), trouxa, nunca notou a armação. Um belo dia, um conde (Duda Nagle) cruzou o caminho de Rebeca e os sinos bimbalharam em sinal de que um grande amor estava para chegar. Corta para os dias de hoje e o mesmo elenco repete a ação em outro contexto.
“Cúmplices de um Resgate” tem a seu favor a realização. No gênero, é bem-dirigida e livre de efeitos toscos. Se o elenco conversa com flores cenográficas e contracena com baús repletos de ouro é porque a história pede. A novela lembra as montagens mais desprovidas de imaginação de “Branca de Neve”, mas por escolha artística, não por acidente. É essa mesma escolha que deverá acertar aquele público do SBT que acompanhou com gosto “Chiquititas”, “Carrossel” e afins. Essa trama, como as outras, equilibra bem a previsibilidade e as intrigas pueris.
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