sexta-feira, 31 de agosto de 2012

22% dos pais escolhem o que os filhos veem na TV, diz pesquisa

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Os pais contemporâneos de classe média alta são maduros, estão preocupados com o peso de seus filhos e tentam controlar, com muita dificuldade, o que as crianças consomem na TV e na internet.
Pesquisa realizada pelo Discovery Kids com 1.525 famílias com TV por assinatura e filhos menores de dez anos, em 13 Estados do País, revela que apenas 22% dos pais controlam o que seus pimpolhos assistem na TV, inclusive em canais pagos, determinando previamente o que eles podem e não podem ver.
Já a vigilância sobre a internet é um pouco maior. Um terço dos pais pesquisados disse que bloqueia sites para seus filhos, e 84% têm o hábito de verificar por onde eles navegaram.
Com a TV, a principal ferramenta de controle é o horário: 56% só permitem que seus filhos vejam televisão até as 21h.
A pesquisa do Discovery Kids, realizada desde 2009, teve neste ano o seguinte tema: O que conecta as famílias? A razão ou a emoção?
Representativa da população com acesso à TV por assinatura, a pesquisa mostra que os pais de hoje são mais velhos: 51% das mães e 61% dos pais com filhos menores de 10 anos têm entre 35 e 49 anos.

Pais engajados e preocupados

A pesquisa dividiu os pais contemporâneos em quatro perfis.
O maior deles, chamado de pais "engajados" (40% do total), é o mais liberal - e também os mais jovens. Liberam guloseimas, e as crianças decidem o que querem ver na TV. "Eles têm muita dificuldade de controlar os filhos", diz Marcela Dória, gerente de pesquisa dos canais Discovery.
Os "engajados" se conectam com seus filhos virando "crianças". Brincam com eles como se tivessem sete anos.
O segundo perfil é o dos "observadores", representantes de 30% da população com filhos pequenos e TV paga. Controlam mais o acesso à TV do que a média: 35% escolhem o que os filhos veem. Nas suas casas, há menor incidência de televisor no quarto das crianças. Estão insatisfeitos com a alimentação dos pequenos.
Preferem atividades na natureza. A conexão é mais racional. "São os ditos chatos", resume Marcela.
Representantes de 20% dos pais com TV paga, os "interativos" se conectam com os filhos pela emoção. Preferem atividades como cantar, dançar e brincar. São os de menor renda e os que mais consomem vídeo na web. São flexíveis no consumo de TV.
Por fim, os "participativos" (10% do total) são mais ricos e, preocupados com a alimentação, os únicos com os filhos abaixo do peso. Interagem em atividades como pintura. Controlam o que os pequenos veem e o tempo em que permanecem em frente ao televisor.

Chris Poli questiona caráter das crianças

Chris Poli (foto), a "SuperNanny" do SBT, vai questionar os valores e o caráter das crianças em seu sétimo livro. "Obediência, respeito, educação e discernimento sobre o que é certo ou errado devem ser passados aos filhos, quando eles ainda são pequenos. Muitos pais precisam ser alertados sobre esses assuntos", afirma. O título da obra e sua data de lançamento ainda estão sendo discutidos.

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