A repórter do portal de notícias iG
que denunciou o funkeiro MC Biel (foto) por assédio sexual durante uma
entrevista, realizada em maio deste ano, foi demitida nesta sexta-feira
(17/6).
A informação foi divulgada, inicialmente, pelo colunista Fernando Oliveira, do Agora S.Paulo e F5, em seu perfil no Twitter. "Dos absurdos do dia: a repórter do @iG que denunciou Biel por assédio acaba de ser demitida. Que surreal".
"A quem pergunta: não houve corte de
vários funcionários no iG hoje. Houve só a demissão da repórter, a quem o
portal prometeu proteger", acrescentou, em outra mensagem.
IMPRENSA apurou que outros
profissionais do portal também podem ser desligados. O iG diz apenas que
não vai se posicionar. Internamente, os funcionários não sabem se o
corte tem relação com o caso envolvendo o cantor, uma vez que vai contra
a proteção dada à jornalista até o momento.
Nas redes sociais, os internautas
criticaram a decisão do iG. "Nem sei o que dizer. Que vergonha",
escreveu uma usuária do Twitter. "Como assim?! Que absurdo!!", comentou
outra. "E só contribuem com o machismo e desrespeito", opinou.
O Caso
Desde o o início do mês, o caso de
assédio sexual envolvendo o funkeiro MC Biel e uma repórter do portal iG
movimenta o noticiário e as redes sociais. Durante uma entrevista, a
jornalista, cuja identidade é protegida por determinação policial, foi
chamada de "gostosinha" e ouviu que o cantor "a quebraria no meio". Na
ocasião, internautas criticaram o comportamento do artista e levaram a
hashtag #RipBiel ao topo dos trending topics mundial do Twitter.
Em um vídeo publicado em seu canal no
YouTube dias após a repercussão do caso, o funkeiro pediu desculpas à
jornalista e a todas as mulheres que se sentiram ofendidas. "Nunca
imaginei que minhas palavras pudessem machucar de fato quem me
entrevistava. Então eu estou aqui para pedir desculpa", disse.
A denúncia gerou impacto na carreira
do artista. O Comitê dos Jogos Olímpicos do Rio decidiu desconvidar o
cantor para o revezamento da Tocha Olímpica. O caso foi registrado na 1ª
Delegacia da Mulher (DDM) de São Paulo, no dia 8 do mês passado.
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