A ideia foi copiada de um protesto realizado no final de novembro em Paris. Impedidos de realizar a Marcha pelo Clima, por questões de segurança, ambientalistas dispuseram centenas de pares de calçados na Praça da República, na capital francesa.
Aos pares de sapatos, tênis e chinelos, os jornalistas de TV de São Paulo vão anexar etiquetas com o tempo de casa do dono do calçado. A ideia é mostrar aos representantes dos patrões que eles ralam a sola do sapato pelas empresas e merecem mais consideração.
As emissoras alegam que não podem conceder reajuste maior do que 5% porque todas tiveram queda nas receitas no ano passado. Na média, as emissoras faturaram 8,5% a menos do que em 2014, o que resulta em uma perda de receita equivalente a toda a arrecadação anual do SBT (R$ 1,063 bilhão).
O argumento não sensibiliza os jornalistas engajados. Eles afirmam que, mesmo com a queda no faturamento, as emissoras continuam muito lucrativas. Lembram que somente a Rede Globo teve um lucro líquido de R$ 2,4 bilhões em 2014. E não acham justo um reajuste de metade da inflação em um mercado em que as estrelas da categoria ganham centenas de milhares de reais.
"Foi uma proposta ofensiva", resume André Freire, secretário-geral do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo. A data-base dos jornalistas é 1º de dezembro.
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